Por Juliana Chagas (Psat/Fiocruz Brasília)

O clima foi de festa e conquista na Escola de Defesa com as crianças do contraturno escolar: chegou o dia da primeira colheita da horta pedagógica, resultado de 35 dias de dedicação e cuidado. 

A iniciativa integra o Programa de Saúde, Ambiente e Trabalho (Psat) da Fiocruz Brasília, em parceria com a Escola de Defesa e as Escolas Darcy e Interlagos, e busca fortalecer a educação ambiental e a promoção da saúde. 

Durante o processo, as crianças participaram de todas as etapas — do preparo do solo ao plantio e à manutenção das hortaliças — vivenciando na prática conceitos de alimentação saudável, cuidado com o meio ambiente e trabalho coletivo. A atividade se tornou também um espaço de diálogo interdisciplinar, envolvendo professores, pesquisadores e a comunidade escolar. 

O projeto conta com a colaboração de André Fenner, pesquisador da Fiocruz Brasília, que acompanha as ações do Psat e reforça a importância da integração entre saúde, ambiente e trabalho como estratégia de formação cidadã e de construção de hábitos mais sustentáveis. Também com o apoio técnico do pesquisador Juarez Alves Martins. 

Jean Carmo Barbosa, secretário de Políticas Sociais do Sindicato dos Professores do Distrito Federal, participa ativamente da iniciativa, articulando a aproximação entre a comunidade escolar, os educadores e as instituições parceiras. Sua atuação tem sido fundamental para fortalecer a dimensão social do projeto e garantir que a experiência da horta pedagógica semiurbana seja incorporada ao cotidiano das escolas e valorizada como prática educativa permanente. 

A horta também se afirma como um espaço de formação agroecológica, onde as crianças aprendem princípios de produção de alimentos sem agrotóxicos, manejo do solo e respeito aos ciclos da natureza. Essa vivência contribui para o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis e para a construção de uma consciência crítica sobre o sistema alimentar, preparando os estudantes para serem consumidores do futuro, mais atentos à qualidade e à origem dos alimentos que chegam à sua mesa. 

Toda a colheita da primeira safra foi utilizada para compor o almoço das próprias crianças da Escola de Defesa, garantindo que elas experimentassem os alimentos cultivados com seu próprio esforço. Esse momento reforçou a importância de uma alimentação fresca e nutritiva, além de fortalecer o vínculo entre produção, preparo e consumo. 

Além do aprendizado prático, a horta pedagógica fortalece o vínculo entre as instituições parceiras, incentivando que outras escolas e comunidades adotem iniciativas semelhantes em seus territórios.