Psat/Fiocruz Brasília
Na manhã desta quinta-feira (28), a equipe do Programa de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho (Psat) da Fiocruz Brasília participou de uma reunião com representantes do Instituto Kapanawá Shanenawá, do povo Huni Kuî, do Ministério dos Povos Indígenas e do gabinete da deputada federal Érika Kokay. O encontro teve como objetivo debater iniciativas voltadas à promoção da saúde indígena.
A conversa buscou alinhar esforços para a construção de ações que integrem práticas de cuidado e medicina tradicional indígena, incentivem o protagonismo da juventude e fortaleçam a valorização dos saberes e da cultura indígena.
O projeto, a ser desenvolvido pelo Psat com apoio do Ministério dos Povos Indígenas, será estruturado em Brasília, que funcionará como polo irradiador para a multiplicação das experiências em outros estados.
Entre as iniciativas propostas, destaca-se a experiência do povo Shanenawá, que vive às margens do rio Envira, na Terra Indígena Katukina-Kaxinawá, no Acre, no coração da Floresta Amazônica. Reconhecido pelo amplo conhecimento em plantas medicinais, o povo mantém na aldeia Kenê Merá um parque medicinal considerado uma verdadeira farmácia viva. Nesse espaço, sete pajés realizam práticas de cura voltadas tanto para enfermidades físicas quanto espirituais.
De acordo com o coordenador do projeto, André Fenner, e a pesquisadora Virgínia Corrêa, a proposta busca construir de forma coletiva e participativa um diálogo entre as práticas tradicionais de cuidado, as medicinas indígenas e as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), promovendo a saúde e o bem-viver das populações indígenas.
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