Fiocruz organiza Feira de soluções para o zika vírus

Fiocruz Brasília 29 de maio de 2017


O universo científico, sozinho, não dá conta de todas as soluções para a saúde. É preciso aliar o conhecimento científico a outros saberes e práticas, pois mesmo em meio a uma epidemia, não há respostas únicas e efetivas para todas as pessoas, em todas as regiões. A proposta das Feiras de Soluções para a Saúde, da Fiocruz, vai nessa direção, ao convocar para um mesmo evento, profissionais da saúde, pesquisadores, movimentos sociais, governo e familiares de crianças acometidas pela síndrome congênita do zika vírus.  

E a primeira edição das Feiras já tem destino certo! De 08 a 10 de agosto, em Salvador-BA, são esperados mil participantes que vão conhecer diferentes experiências no combate ao zika vírus, desenvolvidas por esses vários setores em três dimensões: sociais, de serviços e industriais. A primeira envolve todas as ações desenvolvidas por movimentos sociais e organizações da sociedade civil, grupos de mães e famílias. As soluções de serviços envolvem as práticas desenvolvidas nas unidades de saúde, meio ambiente, educação e assistência social no enfrentamento do zika vírus. As soluções industriais abrangem especificamente iniciativas desenvolvidas em instituições de ciência e tecnologia ou laboratórios industriais para produção nas indústrias químicas, biotecnológicas, mecânicas, eletrônicas ou de materiais.

Essas experiências serão cadastradas previamente, no site do evento, que será lançado em junho. Com este cadastro, será formado um banco de dados nacional contendo soluções para a saúde pública, que tem em comum o fato de não serem experiências pontuais, envolverem troca de saberes populares, científicos e técnicos, já terem mensurado algum êxito nos resultados, potencial de transformação social, disseminação e replicabilidade. No site do evento, é possível também fazer contato direto com os responsáveis por cada solução inscrita.

A previsão é que, em 2018, sejam realizadas Feiras de Soluções para a Saúde em Manaus, Curitiba, Rio de Janeiro e Brasília. O formato das feiras pode, no futuro, ser utilizado e adaptado a outras emergências de saúde pública no país.

Hackers a favor da saúde  

Outra atividade importante na programação da Feira é a 1ª Maratona de Desenvolvimento de Soluções Tecnológicas para enfrentamento da Zika e Síndrome Congênita, em formato Hackaton. A maratona busca desenvolver soluções tecnológicas para controle e enfrentamento de arboviroses utilizando as diferentes bases de dados disponíveis sobre o tema.

Este Hackaton é inovador pois conta com fases virtuais antes da Feira, nas quais gente do Brasil e do mundo todo pode participar. A fase final, presencial, será realizada durante a Feira em Salvador. As equipes podem se inscrever no Hackaton até o dia 3 de junho neste link.  Além da Fiocruz Brasília, o Hackaton é organizado pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Ministério da Saúde. 

Seminário internacional

Nos dois primeiros dias da Feira, a programação contempla também o Seminário Internacional da resposta brasileira ao Zika vírus, organizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e parceiros. O evento é uma oportunidade de aprendizado sobre as melhores práticas de prevenção do mosquito Aedes aegypti e as estratégias de apoio às mulheres gestantes, famílias e cuidadores de crianças com a Síndrome Congênita do Zika vírus (SCZv) e outras deficiências em âmbito nacional e internacional. Durante o Seminário, experts nacionais e internacionais, gestores, pesquisadores, conselheiros de direitos, profissionais de saúde, educação e assistência social e mulheres mães e cuidadores de crianças compartilharão as lições aprendidas em relação a estimulação de crianças com alterações no desenvolvimento no ambiente domiciliar e escolar, ao apoio psicossocial e na garantia de direitos. As vagas neste seminário são limitadas e haverá inscrição prévia.

 

117 anos da Fiocruz

Esta notícia faz parte da série de textos organizada pela Comissão de Divulgação Científica da Fiocruz Brasília em comemoração aos 117 anos da Fiocruz. Clique abaixo para ler outras iniciativas da instituição no combate ao zika vírus e seu vetor: 


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