Fiocruz Brasília apresenta O SUS vivo no DF

Mariella de Oliveira-Costa 19 de julho de 2019


Mariella de Oliveira-Costa

 

 Nesta quinta-feira, 18 de julho, a Fiocruz Brasília promoveu a conferência O SUS Vivo no DF, com lançamento do número especial da revista científica Ciência e Saúde Coletiva, específico sobre a realidade dos 30 anos do sistema público de saúde na região. A conferencista foi a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública, Cecilia Minayo, editora-chefe da publicação científica.

Minayo é professora há 62 anos, 34 deles dedicado à saúde pública. Ela lembrou que a ciência não tem verdades absolutas, e a importância da crítica, do contraditório, pois o mesmo objeto fica cada vez mais nítido a partir dos diferentes olhares. A pesquisadora falou sobre os prazeres e dificuldades na produção da revista, e, segundo ela, o histórico do SUS DF mostrado nas páginas poderá inspirar outras realidades do SUS e ser exemplo para o país, mesmo em meio às descontinuidades da gestão. Ela ressaltou o papel dos conselhos de saúde atuando para melhorar a gestão, e alertou que sentiu falta de artigos ou metodologias de escuta das pessoas que usam o SUS-DF. “Temos que ouvir as pessoas, pois delas virão as possibilidades de aperfeiçoamento do processo. ” Minayo destacou também que a maior parte dos autores dos textos é gente jovem, e que o SUS é a única alternativa para quase 80% dos brasileiros. “Se ele não funcionar, as pessoas vão morrer por causas evitáveis, tratáveis, é nessas questões que devemos focar”, disse.

A revista já está disponível online e está organizada em três eixos. O primeiro deles traz textos sobre gestão, regionalização, planejamento e avaliação. Há um segundo eixo sobre atenção à saúde e um terceiro com análises sobre a formação profissional para o SUS. A publicação conta com 100 autores de 20 diferentes instituições científicas, escolas locais e serviços de saúde.

Assessor executivo da direção da Fiocruz Brasília e um dos editores da publicação, José Agenor Álvares ressaltou a singularidade importante desta produção. O SUS deve buscar, na divergência de ideias, as possibilidades de avanço, pois o que mais importa é a saúde das pessoas. Os outros editores convidados são o assessor da direção da Fiocruz Brasília, Gerson Penna, o pesquisador da Ensp, Daniel Soranz e, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Luiz Felipe Pinto. 

Durante a mesa de abertura do lançamento, a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, lembrou a importância da continuidade nas ações do SUS e ressaltou o compromisso de Cecilia Minayo com a saúde pública. Segundo ela, é uma honra que a realidade da saúde do DF seja publicada na revista Ciência e Saúde Coletiva, um produto pautado na realidade cotidiana dos serviços.

O subsecretário de Atenção Integral da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Ricardo Ramos dos Santos, lembrou a importância do acolhimento humanizado à população, e também que não é só o médico o protagonista da saúde, mas todos os profissionais da saúde.

O ex- secretário de saúde, Humberto da Fonseca, que acompanhou durante sua gestão a produção da revista, falou da alegria por contar com 25 textos da equipe da Secretaria de Saúde na revista.

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