Fiocruz avalia trabalhos de projeto que promove saúde em escolas do Brasil

Fiocruz Brasília 5 de dezembro de 2014


Durante encontro, representantes de cinco capitais brasileiras participaram de debates e contaram como foi o processo de mobilização dos jovens e profissionais da saúde e educação

Capacitar jovens estudantes para que promovam a saúde nas escolas e se tornem agentes multiplicadores. Com esta perspectiva, a Fiocruz promove, por meio do Programa Saúde na Escola (PSE) ações em escolas de cinco capitais brasileiras – Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Manaus e Recife. Nos dias 3 e 4 de dezembro, foi realizado em Brasília, encontro que reuniu dinamizadores do PSE para avaliar os trabalhos realizados durante todo o ano de 2014.

Durante os dois dias de atividades promovidas pelo Programa de Educação, Cultura e Saúde da Fiocruz Brasília (Pecs), coordenadores, pesquisadores, dinamizadores jovens e representantes do Grupo de Fortalecimento da Ação Intersetorial (GFAI) que fazem parte do projeto “Participação e Dinamização Juvenil no PSE: Implementação e acompanhamento do Guia Adolescentes e jovens para educação entre pares como estratégia do componente 02”, contaram as experiências, dificuldades e êxitos em cada ação. Além disso, os participantes compartilharam as estratégias utilizadas para fortalecimento da participação juvenil para a promoção da saúde no ambiente escolar e comunidade.

“Foi uma experiência maravilhosa, conseguimos fazer uma rede funcionar, além de muitas coisas importantes. São cenários e contextos diferentes e nós aprendemos com isso. Construímos um novo saber em conjunto”, analisou Regina Bodstein, pesquisadora do Departamento de Ciências Sociais da Escola Nacional de Saúde Pública (DCS/Ensp).

O projeto foi desenvolvido em 10 unidades escolares, duas de cada região: Escola Municipal Moradas da Hípica e Escola Estadual Rafaela Remião, de Porto Alegre; Colégio Estadual Ignácio Azevedo do Amaral e Colégio Estadual Júlia Kubitschek, do Rio de Janeiro; Centro de Ensino Médio 03 do Gama e do Centro de Ensino Médio Júlia Kubitschek da Candangolândia, no Distrito Federal; Escola Estadual Maria do Céu Vaz D’Oliveira e Escola Municipal Vicente de Paula, de Manaus; e Escola Dona Maria Teresa Corrêa e Escola Clotilde de Oliveira, em Recife.

Dois estudantes de cada escola foram selecionados para mapear recursos e elementos de maior vulnerabilidade que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens brasileiros dessas unidades de ensino.

Durante o ano letivo de 2014, os alunos foram capacitados com curso de formação que abordaram temas como saúde, qualidade de vida, alimentação, saúde bucal, álcool e outras drogas, redução de danos, gênero e raça, sexualidade, diversidade sexual, participação juvenil e educação entre pares. A formação tem como objetivo aproximar as escolas e a comunidade escolar de assuntos relacionados à saúde, além de ajudar os alunos a identificarem os problemas de saúde enfrentados pela comunidade.

A ideia é que, por meio do curso, os estudantes se tornem multiplicadores do conhecimento na comunidade e fortaleçam ações de promoção da saúde existente no território, usando a estratégia de educação entre pares, de jovem para jovem. Durante todo o ano, os estudantes ministraram, para nas escolas em que estudam, oficinas, aulas de teatro, mapa falado, rodas de conversa, pesquisas e redações sobre diversos temas, com o objetivo de fortalecer a participação juvenil.

PSE
O PSE é uma política intersetorial desenvolvida pelo Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Saúde, que tem como principal objetivo contribuir para a formação de estudantes de ensino básico público. A contribuição da Fiocruz Brasília se dá por meio de ações de promoção, prevenção e atenção, que visam a melhorar os resultados em saúde no ambiente escolar. Em 2013, o projeto foi desenvolvido em quatro escolas da região de Sobradinho: Centro de Ensino Fundamental 2 e Carlos Motta, localizados em Sobradinho 2; CEF 4, em Sobradinho 2; e CEF Fercal.