EGF-Brasília: uma escola diversa e plural

Nathállia Gameiro 9 de março de 2023


“A Escola se transforma com a chegada de novos alunos. Aqui é uma casa de afeto, diálogo, aprendizado e respeito pelo outro, respeito à democracia, à pluralidade e à liberdade de opinião.” Com essas palavras os novos alunos da Escola de Governo Fiocruz-Brasília (EGF-Brasília) foram recepcionados, na manhã da última quarta-feira (8), pela diretora executiva da Escola, Luciana Sepúlveda. O evento integrou a programação da Semana Pedagógica da EGF-Brasília, que teve início com o acolhimento docente.

O acolhimento discente foi realizado na mesma data em que se celebra o Dia Internacional da Mulher. O momento não foi só de comemoração, mas também de reflexões. Luciana Sepúlveda destacou a importância da diversidade e do acolhimento dos discentes, destacando o compromisso da Escola com a valorização do conhecimento e dos saberes do território, buscando a transformação e o aperfeiçoamento das políticas públicas e do SUS.

“A comunidade escolar se volta para o papel da Fiocruz na educação e na construção de políticas públicas que buscam o fortalecimento dos direitos, especialmente dos direitos e conquistas das mulheres, sejam elas negras, com deficiência, indígenas, LGBTQIA+ e todo tipo de ser mulher”, disse Luciana ao reafirmar o compromisso da Fundação com a defesa da vida e da dignidade humana.

Para a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, a Fiocruz, ao longo de sua história, vem fazendo com que a defesa da diversidade e da democracia seja possível. “Precisamos praticar todos os dias e fazer com que o que defendemos seja realidade. Discutir em todos os espaços do cotidiano, semeando ideias, afetos, e afirmando a sociedade que queremos, que saúde é vida digna e justa para todas as pessoas. Faz parte do nosso projeto e das políticas institucionais, e precisamos contar com a atuação ativa de toda a comunidade Fiocruz para essa pauta das mulheres. Queremos uma instituição cada vez mais plural e diversa”, afirmou. Fabiana destacou ainda que, à medida que a EGF-Brasília cresce, se diversifica em vários sentidos: na pluralidade representada pelos alunos e na diversidade de oferta de cursos.

A importância de ampliar espaços de inclusão que se transformem em produção de conhecimento, com o olhar voltado para os corpos, dores e fragilidades, trazendo a conexão com a ciência aplicada e voltada para a luta pelo enfrentamento das desigualdades sociais, foi destacada pela pesquisadora e coordenadora adjunta do Programa de Residência em Atenção Básica da Fiocruz Brasília, Etel Matielo.


A mesa de acolhimento foi composta ainda pela pesquisadora Maria do Socorro de Souza, que abordou a equidade de gênero e raça nas ações institucionais. Participaram também a coordenadora do Mestrado Profissional em Políticas Públicas em Saúde, Roberta Campos, a coordenadora do Polo Brasília do Mestrado Profissional em Saúde da Família (ProfSaúde), Kellen Gasque, e as egressas do Programa de Residência Luciana Tavares e Luiza Soutto Mayor.

Os alunos puderam conhecer alguns setores e espaços que vão fazer parte de seu cotidiano durante os estudos, como o apoio técnico ao docente e discente, a Secretaria Acadêmica, a biblioteca, o Espaço de Convivência e a sala de amamentação, além de produtos como o Projeto Político Pedagógico e o Fala aê.  

Durante o evento, foi lançada a primeira edição de 2023 do periódico Cadernos Ibero-Americanos de Direito Sanitário (CIADS), que aborda o tema Direitos Reprodutivos e Saúde da Mulher. A publicação reúne artigos de pesquisadores e pesquisadoras do Brasil, México, Espanha e Estados Unidos com debates sobre grandes questões relacionadas a acesso, pluralidade, liberdade e novas tecnologias. Leia aqui.

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