Banco de Leite e atuação do Cris/Fiocruz são destaques da cooperação brasileira

Fernanda Marques 26 de dezembro de 2018


André Freire/Nethis

 

Dos R$ 4 bilhões gastos pelo governo federal, entre 2014 e 2016, com cooperação internacional, 1.656 milhão refere-se à atuação da Fiocruz em países estrangeiros. Os destaques exitosos da Instituição são a Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH), a designação do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) como centro colaborador da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e a atuação da Fundação como ponto focal de outros quatro centros colaboradores da Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Os dados estão na quarta edição do Relatório Cobradi – Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional lançado, em 19 de dezembro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O relatório traz as informações oficiais do governo na atuação dos órgãos da Administração Pública em cooperação internacional. O Ipea mapeou e detalhou os gastos e ações em áreas como saúde, ciência, tecnologia e inovação e meio ambiente.

 

PROJETOS EXITOSOS – O relatório destaca a Rede Global de Bancos de Leite Humano, projeto de cooperação internacional brasileiro realizado a partir da parceria entre a Fiocruz e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC). A rBLH compartilha conhecimentos e tecnologias voltados para a segurança alimentar e nutricional de recém-nascidos e lactantes, promovendo a integração de países onde são desenvolvidas atividades de cooperação Sul-Sul, entre eles Angola, Cabo Verde, Moçambique, Argentina e Equador, por exemplo.

 

A designação do Cris/Fiocruz como centro colaborador da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) nos temas saúde global e cooperação Sul-Sul também foi ressaltado no relatório. O estudo evidencia a atuação da Fiocruz como ponto focal de quatro centros colaboradores da OMS: leptospirose, saúde e ambiente, escola técnica em saúde e políticas farmacêuticas.

 

O relatório ainda traz a participação da Fundação como entidade assessora do Secretariado Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), principal órgão executivo da CPLP.

 

GASTOS – Segundo o estudo, a Fiocruz gastou, no triênio, R$ 1.195 milhão com a atuação dos pesquisadores em missões estrangeiras destinadas a compartilhar conhecimento e experiências técnicas especializadas. O restante, R$ 461 mil, foi gasto em diárias e passagens dos respectivos pesquisadores.

 

Tipo de Gasto 2014 2015 2016 Total
Diárias + Passagens (R$) 263.520,00 139.360,00 58.440,00 461.320,00
Hora Técnica (R$) 513.600,00 382.800,00 298.800,00 1.195.200,00
Total (R$) 777.120,00 522.160,00 357.240,00 1.656.520,00



As informações do Cobradi 2014-2016 serão publicadas em 2019 no Ipeadata, base de dados macroeconômicos, financeiros e regionais do Brasil mantida pelo Ipea.

 

Confira aqui o relatório completo.

 

Foto: David Magalhães/Ipea