No dia 16 de abril, será realizado o segundo encontro do Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública. O evento terá como tema Biologia Sintética em Perspectiva Dual: conquistas e ameaças à saúde global e será realizado no Salão Internacional da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP), na Fiocruz, campus de Manguinhos, às 14h.
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Os avanços da biologia sintética são temas polêmicos para a segurança da saúde. “Um aspecto chave desse debate se refere às pesquisas científicas de uso dual, aquelas cujos resultados podem ser utilizados para o bem ou para o mal da humanidade”, explica José Paranaguá, coordenador do Ciclo de Debates e do Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis/Fiocruz Brasília). Esse dilema se agrava na medida em que os experimentos biológicos se tornam mais baratos e acessíveis, a exemplo do caso da divulgação da técnica para síntese do vírus de poliomielite, sem qualquer precursor direto natural, apenas seguindo a sequência genética codificada. Como situar os principais avanços da biologia na perspectiva da prevenção de uso indevido e do estímulo à cooperação e ao desenvolvimento internacional?
Este questionamento será respondido pelo Major Chefe da Subdivisão de Pesquisa e Biodefesa do Instituto de Biologia do Exército (IBEx), Marcos Dornellas e pelo vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC), Manoel Barral Netto, com mediação do assessor da direção da Fiocruz Brasília Agenor Álvares.
O Ciclo de Debates é realizado todo ano, dividido em encontros conduzidos por pesquisadores e gestores. A 9ª edição teve início em março, com o tema O Mal-Estar nas Migrações Internacionais. As sessões buscam promover a reflexão, o debate e o desenvolvimento de estudos científicos interdisciplinares. Esta edição é promovida pelo Nethis em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e com o Programa de Articulação Nacional Governo-Empresas-Instituições Acadêmicas para a Diminuição de Risco de Eventos Químicos, Biológicos, Radiológicos e Nucleares Selecionados (PANGEIA) da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).