Pesquisadores debatem inteligência artificial e desigualdades em saúde

Nathállia Gameiro 2 de agosto de 2021


André Freire

 

Próximo Ciclo de Debates mobiliza pesquisadores nacionais e internacionais em torno das implicações éticas do uso da inteligência artificial na saúde

 

Imagine um sistema de inteligência artificial que pressuponha graus de propensão ao crime de acordo com a cor da pele de uma pessoa. Apesar de condenável, estudos têm demonstrado que os algoritmos de inteligência artificial podem tomar decisões discriminatórias. “Eles não são neutros. Podem ser elaborados a partir de vieses com potencial para agravar desigualdades, inclusive em saúde”, conta Felix Rigoli, consultor sênior do Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis) da Fiocruz Brasília e coordenador do XI Ciclo de Debates: Inteligência Artificial e Desigualdades em Saúde.

 

Entre agosto e novembro, pesquisadores do Brasil, Itália, Uruguai, Canadá e Colômbia debaterão os desafios e as preocupações em torno da aplicação da inteligência artificial na saúde. Confira os temas da nova rodada do XI Ciclo de Debates:

  • 18 de agosto: Inteligência Artificial e Atenção à Saúde;
  • 23 de setembro: Inteligência Artificial e Saúde para Todos;
  • 21 de outubro: Inteligência Artificial e Indústria Farmacêutica;
  • 18 de novembro: Regulação em Saúde na Era da Big Data. 

Veja aqui programação completa do XI Ciclo de Debates: Inteligência Artificial e Desigualdades em Saúde e inscreva-se! As inscrições são gratuitas e os participantes receberão certificado da Escola de Governo Fiocruz Brasília. Os debates serão transmitidos ao vivo no canal da Fiocruz Brasília no YouTube.

 

A serviço do ser humano

O consultor do Nethis/Fiocruz Brasília explica que a proposta do Ciclo de Debates é discutir quais os possíveis caminhos para que a inteligência artificial seja aplicada na saúde sem perpetuar e ampliar as desigualdades existentes entre as populações. “Nosso intuito não é depreciar os benefícios que a inteligência artificial pode trazer à saúde individual e coletiva. Queremos discutir como essa tecnologia pode ajudar a construir um mundo mais justo e humano”.

 

Com doutorado na área de sistemas complexos na saúde, Rigoli foi convidado, em 2020, pela Academia de Ciências do Vaticano, em Roma, para ministrar uma palestra sobre inteligência artificial e inequidades em saúde. Além de consultor do Núcleo de Estudos, Rigoli é pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).

 

Ciclo de Debates

O XI Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública é promovido pelo Núcleo de Estudos em Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis/Fiocruz Brasília). A concepção das atividades deste semestre é uma inciativa compartilhada entre o Nethis/Fiocruz Brasília e Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário (Cepedisa) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.

 

Serviço:

XI Ciclo de Debates: Inteligência Artificial e Desigualdades em Saúde

Abertura: 18 de agosto – 14h
Transmissão ao vivo: https://www.youtube.com/FIOCRUZBrasíliaoficial
Gratuito
Inscrições: bit.ly/IA-DesigualdadesSaude-Agosto
Mais informações: (61) 3329-4661
bioeticaediplomacia.org
Atividade certificada pela Escola de Governo Fiocruz Brasília.