“Precisamos pensar na popularização da ciência”

Adrielly Reis 11 de agosto de 2025


A reflexão é um convite da pesquisadora Noely Moura, coordenadora do Mestrado Profissional em Políticas Públicas em Saúde (MPPPS), da Escola de Governo Fiocruz-Brasília (EGF-Brasília), durante a abertura do III Seminário Interno do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúde (PPGPPS). O evento foi realizado pela EGF-Brasília, nessa segunda-feira (11/8), no auditório da Fiocruz Brasília, e segue até o dia 12/8.

 

Para Noely, é importante que os pesquisadores tenham seus artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, mas é preciso pensar regionalmente e de forma prática sobre como os impactos dos resultados de uma pesquisa afetam a sociedade.

 

“Precisamos pensar em como os nossos resultados vão contribuir para o dia a dia das pessoas, para quem está na Unidade Básica de Saúde, de que forma impactam o território. Acho que é nisso que a gente tem que pensar, mais do que publicar numa revista científica. Gostaria muito que a gente saísse daqui com esse desafio, e o segundo é a questão de popularizar o conhecimento, a gente tem que saber traduzir todos os nossos resultados para a população, em popularizar a ciência, isso é traduzir o conhecimento”, define.

 

O III Seminário Interno faz parte da programação de comemoração dos 10 do MPPPS. A programação, que traz como tema Inteligência Artificial e Políticas Públicas em Saúde, inclui palestras e sessões de trabalho, organizadas em 12 eixos temáticos, alinhados às linhas de pesquisa e áreas de atuação da Fiocruz Brasília.

 

Durante a abertura do Seminário, os professores relembraram que a história do MPPPS se funde à própria história e trajetória dos pesquisadores da instituição, que exerceram papeis de coordenadores e docentes.

 

“A gente tem, desde o início, um grupo muito diverso, com pessoas vindas de outros estados e realidades, com potencial de criação enorme para a construção de um projeto de conhecimento que agregasse tanto os pesquisadores quanto os trabalhadores da instituição e que, ao mesmo tempo, estivesse alinhado à missão formadora da Fiocruz Brasília”, recorda-se a diretora da EGF-Brasília, Luciana Sepúlveda, que complementa: “a gente se forma docente aqui dentro, fazemos pesquisa, gestão e docência”.

 

Ao longo dessa década, o Mestrado Profissional acumula 403 alunos matriculados em 20 turmas, sendo 15 regulares e cinco temáticas, e 246 egressos até o momento, profissionais capacitados que atuam em prol do fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Luciana destaca os desafios futuros para a saúde pública e a formação profissional, como as novas tecnologias e a inteligência artificial. “A gente precisa seguir refletindo sobre a missão desse Programa frente às respostas aos desafios que vivemos atualmente, como as crises climáticas, a polarização da política, a defesa da democracia e a desigualdade no nosso país”, pontua.

 

Na abertura do III Seminário Interno, ao lado de Luciana e Noely, também compuseram o dispositivo de honra os pesquisadores e docentes do MPPPS, Jorge Barreto e Roberta de Freitas; e a coordenadora da Secretaria Acadêmica, Ágda Sampaio.

 

Assista à transmissão do III Seminário Interno do PPGPPS aqui.

 

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