Fiocruz Brasília prepara novo projeto audiovisual

Mariella de Oliveira-Costa 4 de agosto de 2020


Mariella de Oliveira-Costa

 

A união entre a arte e a saúde pode aproximar  as instituições científicas da população. E a Fiocruz Brasília está produzindo um filme para, a partir da celebração do dia nacional da saúde em 5 de agosto, conectar a realidade brasileira durante a pandemia  à história de Oswaldo Cruz.  A data foi escolhida no país pois coincide com o aniversário do patrono da Fundação Oswaldo Cruz, considerado um dos principais profissionais de saúde no combate às epidemias.

 

O filme vai trazer um diálogo entre passado e presente, com trechos das cartas de Oswaldo Cruz redigidas no início do século passado e frases  que remetam às ações da  Fiocruz no ensino, na pesquisa, e na assistência à saúde, combatendo a peste bubônica, a febre amarela, a varíola, a gripe espanhola, a doença de chagas, a dengue, a zika, e mais recentemente, a covid-19. 

 

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, participou das gravações  na Fiocruz Brasília, em 3 de agosto. Ela ressaltou que o audiovisual  une questões importantes da saúde pública: a sensibilidade da crise sanitária devido à pandemia e  a história dos 120 anos da Fiocruz no combate às emergências em saúde pública. 

 

O coordenador  do Núcleo de Eventos da Fiocruz Brasília, Paulo Rocha, explicou que, para as gravações, foram mantidos todos os critérios de segurança sanitária e distanciamento social dos trabalhadores em atividade presencial na instituição. Também foram utilizados vídeos enviados pelos que estão em trabalho remoto.

 

O filme tem direção do professor e pesquisador de Artes Cênicas da Universidade de Brasília, Hugo Rodas. É a primeira vez que ele trabalha com a Fiocruz. Rodas  espera que, passada a pandemia, possa fazer intervenções artísticas nos ambientes físicos da instituição.

 

A diretora da Escola de Governo Fiocruz – Brasília, Luciana Sepúlveda,  ressaltou que a  arte é uma forma de se construir conhecimento, e suas diferentes expressões  podem tocar e mobilizar as pessoas. Segundo ela, o trabalho de ensino e aprendizagem  desenvolvido na Escola está sempre associado às necessidades dos territórios do DF e deve agregar linguagens diferenciadas, como o audiovisual.

 

A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, destacou o papel dos trabalhadores da saúde,  que vêm se dedicando ao enfrentamento da pandemia. Ela acredita que o filme será importante para homenagear também as famílias dos mortos pela pandemia de covid-19.

 

O filme será lançado até o fim de agosto nos canais oficiais da Fiocruz Brasília.