Fiocruz Brasília celebra 47 anos

Nathállia Gameiro 27 de outubro de 2023


25 de outubro de 1976. Tudo começou com um escritório de representação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na capital federal, que ocupava uma sala na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Anos depois, o que era um pequeno escritório se tornou uma unidade com mais de 300 trabalhadores que se dedicam todos os dias à saúde pública. Na tarde da última quarta-feira (25/10), os 47 anos de existência da Fiocruz Brasília foram comemorados em evento realizado no auditório da instituição. “É com muita esperança que estamos aqui hoje. Comemorar o aniversário significa que esta unidade se une à história da Fiocruz para dizer que nós colocamos a ciência a serviço da vida”, afirmou a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio.

 

A celebração foi marcada por dois lançamentos: o Coletivo Pró-Equidade (Pequi) e o Núcleo de Memória Institucional (NUMI). Coordenado por Daniela Garcês, o NUMI será responsável por propor, acompanhar, realizar e avaliar ações de memória institucional, e fortalecer a identidade da Fiocruz na sua diversidade e na atuação como instituição dedicada à Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. Sob a coordenação de Maria do Socorro de Souza, o Coletivo Pequi busca contribuir para a formação permanente da comunidade da Fiocruz Brasília e para a efetivação de práticas pela equidade, diversidade e inclusão na educação, pesquisa, inovação, gestão, comunicação e assistência aos estudantes, além de criar espaços participativos de debate e proposição de ações que favoreçam um ambiente institucional de reconhecimento da pluralidade. “Que cada vez mais possamos nos unir em torno dessas ações, na construção de uma agenda antirracista, tecendo boas histórias coletivas e permitindo sonhar na defesa do Sistema Único de Saúde”, ressaltou Damásio.

 

A diretora lembrou também as atividades realizadas pela instituição na 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, entre os dias 16 e 20 de outubro, destacando o empenho dos trabalhadores e pesquisadores no diálogo com visitantes e a rede de Educação do Distrito Federal, especialmente os jovens, para falar sobre a importância da ciência. Confira o vídeo aqui.

 

Outro destaque foram as parcerias com Ministério da Saúde, Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Associação dos Servidores da Fiocruz (Asfoc-Sindicato Nacional), Conselho Nacional de Saúde (CNS) e Promotoria de Justiça da Defesa da Infância e da Juventude do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), instituições representadas por Swedenberger Barbosa, Adriano de Oliveira, Mychelle Alves, Fernando Pigatto e Luisa de Marillac, respectivamente.

 

Damásio citou as cinco conferências livres realizadas na Fiocruz Brasília, que antecederam a 17ª Conferência Nacional de Saúde; o Projeto “Territórios da Construção de Si: Processos de desinstitucionalização de jovens e adolescentes pela maioridade”, que desde 2021 promove atividades junto aos serviços de acolhimento do DF; e a articulação com a Saúde do Distrito Federal, fomentando a qualificação dos profissionais da Atenção Primária do Distrito Federal com as residências multiprofissionais e médica, o Programa Qualis-APS e a Plataforma de Inteligência Cooperativa com a Atenção Primária à Saúde (Picaps).

 

O assessor de Atenção Primária da SES-DF, Adriano de Oliveira, afirmou que a Secretaria é uma das instituições mais beneficiadas por tudo que a Fiocruz Brasília desenvolve, como convênios, ofertas educacionais para servidores da Saúde e desenvolvimento de produtos e tecnologias para a área. “São diversos projetos em parceria que transformam a nossa rede de Saúde do Distrito Federal, um local tão diverso, para garantir um sistema universal e equânime. A Fiocruz Brasília tem sido uma aliada indispensável. Como egresso da Escola de Governo Fiocruz-Brasília, ressalto que a Fiocruz não é um lugar apenas de pensar, é um lugar que traz o pensamento para transformar a realidade”, disse.

 

Para Mychelle Alves, presidente da Asfoc, o legado que a unidade tem para a saúde pública do país vai da pesquisa à articulação política. “É um braço muito forte da Fiocruz nacional para o avanço e o fortalecimento institucional. Quero parabenizar cada trabalhador e estudante que construiu ou constrói a Fiocruz Brasília”, sublinhou.

 

A ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, enviou vídeo felicitando a unidade e lembrando a atuação “tão importante para a Fiocruz, o SUS e o Ministério da Saúde”. Nísia destacou ainda a importância da criação do Coletivo Pró-Equidade (Pequi) e do Núcleo de Memória Institucional (NUMI). Assista abaixo:

 

 

O lançamento do Coletivo Pequi foi destacado durante debate como oportunidade de refletir sobre situações cotidianas de racismo. Participaram da mesa a vice-diretora da Fiocruz Brasília, Denise Oliveira; a assessora da direção, Celina Roitman; o assessor para Equidade Racial em Saúde do Ministério da Saúde, Luís Eduardo Batista; a coordenadora do Coletivo Pró-Equidade (Pequi) da Fiocruz Brasília, Socorro Souza; e a pesquisadora e pioneira nos estudos sobre a saúde da população negra no país, Maria Inês Barbosa. O evento em comemoração dos 47 anos da instituição contou com a presença de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), como o professor José Geraldo e a secretária de Direitos Humanos, Deborah Silva Santos, além de representantes do Ministério da Saúde e os jovens do Projeto Territórios da Construção de Si: Aleksandro Leandro de Souza, Mariana de Souza, Beatriz França, Regiane Dias, Kailan Eduardo da Silva Santos, Estênio Eduardo da Silva Santos, Anton Rodrigues e Jhenyffer Daiane da Silva Santos, com a leitura da poesia coletiva “Eu sou, eu vim, eu vou, eu quero”, que aborda o protagonismo de crianças e adolescentes. 

 

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