Câncer de mama em debate

Fiocruz Brasília 30 de outubro de 2014


Em comemoração ao outubro rosa, a Fiocruz Brasília realizou a roda de conversa sobre câncer de mama

O Outubro Rosa tem causado mobilização e engajamento, e ainda, cumpre um papel fundamental: fazer as pessoas falarem sobre o assunto. Na Fiocruz Brasília não foi diferente. Na tarde da última quarta-feira, 29 de outubro, trabalhadores da instituição e mulheres que enfrentaram ou estão enfrentando o câncer de mama estiveram reunidos em um debate.

A roda de conversa integrou a programação do Café, Ciência e Cultura, evento que pretende debater temas importantes, com rodas de conversa em formato mais leve e informal. O evento é uma iniciativa da Comissão Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz Brasília.

A enfermeira oncológica do Hospital de Base e da Aliança Instituto de Oncologia Sabrina Capita, tirou dúvidas e explicou que existem fatores de risco, como a má alimentação, o sedentarismo, o uso excessivo de bebidas alcoólicas e a exposição ao sol, que tornam as mulheres mais suscetíveis à doença. O consumo de alimentos com agrotóxicos, química, hormônio e industrializados é também um fator de risco.

Sabrina ressaltou que quanto mais cedo detectado, mais chances a mulher tem que combater o câncer de mama. “A atenção ao próprio corpo e diagnóstico precoce são a chave para vencer o câncer de mama”, afirmou. Na ocasião, a enfermeira ensinou como fazer o autoexame e detectar mudanças físicas que podem ser sinais da doença.

A jornalista Fernanda Miranda e a administradora Bárbara Matos contaram suas experiências de como enfrentaram o câncer e de todo o processo do tratamento. Fernanda lembra que não se isolou, falar sobre o assunto com outras pessoas ajudou no tratamento. Para ela, a colaboração e o apoio de familiares e amigos foram essenciais.

Deyse Fernandes, de 33 anos, está no final das sessões de quimioterapia e contou como está enfrentando o câncer de mama. No início de janeiro deste ano, ela detectou nódulos durante o autoexame e em seguida iniciou o tratamento. “Não é o fim do mundo ficar careca. O cabelo cresce e a vida continua”, afirmou, se referindo à queda de cabelo resultante da quimioterapia. Ela também incentivou as mulheres a não terem medo de buscar ajuda. 

“O objetivo do outubro rosa é levar a temática e chamar atenção para a doença e para o diagnóstico. Eventos como este são importantes para esclarecer dúvidas e falar sobre o tema”, ressaltou Deyse.