Aplicativos contra o Aedes aegypti

Fiocruz Brasília 7 de agosto de 2017


Que tal utilizar seu smartphone para monitorar o Aedes aegypti? Isso é possível através dos aplicativos Mosquito Zero e Caça mosquito, que mapeam zonas com focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, da febre Chikungunya e do vírus Zika. Conheça como cada um deles atua na vigilância em saúde. 

Mosquito Zero

O aplicativo oferece dois serviços: a identificação dos sintomas das arboviroses e o mapeamento de locais infestados pelo mosquito.

Para utilizar, é necessário fazer um cadastro com os dados pessoais, condições sanitárias do local e sinalizar quais dos 15 sintomas (dores de cabeça e no corpo, febre, diarreia) disponíveis para a marcação e característicos das arboviroses são encontrados naquele espaço. Os dados são enviados para o sistema de gestão que calcula a probabilidade da patologia suspeita. Caso a tecnologia aponte para Zika vírus em grávidas ou febre amarela, o sistema alerta, pelo celular, a vigilância epidemiológica, que oferece as informações para que o cidadão tome as medidas necessárias para tratamento. 

O usuário também pode tirar foto de um local suspeito e classifica-lo como terreno baldio, residência entre outras opções disponíveis.

Existe uma priorização para atender as demandas e a forma como o Mosquito Zero que tem mais de mil downloads funciona é estratégica, uma tríade entre a população, os profissionais de saúde e os gestores dos órgãos públicos, como a vigilância epidemiológica e a sanitária.

A utilização de drones está sendo testada para implementação ainda este ano, quando a identificação de foco for em local inacessível pelos agentes e também para disparar um componente larvicida biológico. 

O Mosquito Zero é um projeto em desenvolvimento desde 2013 e lançado em setembro do ano passado. A expectativa para apresentação na Feira de Soluções em Saúde é grande. “Vamos mobilizar a população e ampliar seu olhar para que ela tenha conhecimento das arboviroses”, afirma o agente de pesquisa e desenvolvimento de processos da Secretaria Municipal de Saúde da Bahia, Alex Sandro,  responsável pelo desenvolvimento do aplicativo, em parceria com o Centro de Integração, Inclusão e Promoção Social-CIPS

Caça Mosquito 
O aplicativo Caça Mosquito surgiu com a identificação da necessidade de uma nova abordagem para o Aedes aegypti, ir além das campanhas publicitárias e mobilização com agentes em campo para o mapeamento e combate dos focos. 
A tecnologia foi lançada pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, em janeiro do ano passado, com parceria da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia, que faz toda a manutenção do produto. 
Por meio do programa, é possível mapear via GPS locais com suspeita de criadouros do mosquito. As informações prestadas, as fotos e as localizações, são direcionadas para os órgãos governamentais competentes, assim eles tomam as devidas providências para eliminação do foco. A tecnologia tem mais de 40 mil downloads e foi desenvolvida pela Secretaria de Saúde da Bahia. 

Ambos aplicativos podem ser baixados gratuitamente no celular e serão apresentados na Feira Soluções para a Saúde- Zika que será realizada nos dias 8, 9 e 10 de agosto, em Salvador, Bahia.