Anvisa autoriza uso emergencial da vacina da Fiocruz

Fernando Pinto 17 de janeiro de 2021


Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

 

Ao final da 1ª Reunião Extraordinária Pública da Diretoria Colegiada, realizada na manhã deste domingo (17/1), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19: a Oxford-AstraZeneca, da Fiocruz, e a Coronavac, do Instituto Butantan. Um dia histórico para a Anvisa e também para o Brasil, marcando o início da vacinação no país.

 

O pedido emergencial submetido pela Fiocruz se refere às 2 milhões de vacinas prontas que serão importadas do Instituto Serum, um dos centros capacitados pela AstraZeneca para a produção da vacina na Índia. A logística e execução do transporte dessas vacinas junto ao governo indiano está sendo conduzida pelo Governo Federal, por intermédio do Ministério da Saúde (MS), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Casa Civil. A Fiocruz tem se mantido em interlocução permanente junto aos órgãos do Governo Federal para a atualização de informações. 

 

“A Fiocruz e todo o seu corpo técnico tem se dedicado incansavelmente para disponibilizar vacinas para o SUS e para a população brasileira. A autorização do uso emergencial concedida hoje reflete a seriedade do trabalho que vem sendo feito pela instituição. A Fiocruz tem realizado todas as ações possíveis em sua esfera de competência para que essas vacinas cheguem ao seu destino o mais rapidamente possível”, destaca a presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima.

 

Para o diretor do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Maurício Zuma, o processo de submissão do pedido de uso emergencial foi um trabalho árduo, que envolveu uma gama enorme de informações e muita dedicação. “A aprovação pela Anvisa comprova que temos uma vacina segura e eficaz para disponibilizar para a população; e nós não estamos medindo esforços para que isto aconteça o mais rapidamente possível”, garante Zuma.

 

A Fiocruz, com o apoio do Ministério da Saúde, tem estado em contato permanente com a AstraZeneca para liberação e exportação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da China, que tem protocolos específicos para exportação da carga, e aguarda informações mais precisas para confirmar a data de chegada dos primeiros insumos necessários para a produção da vacina no Brasil.

 

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