Por Beatriz Muchagata

Portaria nº 137/2025 oficializa iniciativa da SES-DF em parceria com a Fiocruz Brasília, que fortalece o cuidado, a segurança alimentar e o enfrentamento às mudanças climáticas

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) publicou a Portaria nº 137, que institui oficialmente a Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (RHAMB) como parte integrante da rede pública de saúde do DF. A medida reconhece os hortos como equipamentos públicos de saúde, ampliando a cultura do cuidado e a integração entre práticas agroecológicas, saberes tradicionais e promoção da saúde.

Fruto da parceria entre a SES-DF e a Fiocruz Brasília, a Rede de Hortos já conta com 38 hortos implantados em unidades de saúde e equipamentos intersetoriais, que atuam como espaços de cuidado, pesquisa, educação em saúde e fortalecimento comunitário. Os hortos promovem o cultivo de plantas medicinais, alimentícias e paisagísticas, incentivando a segurança alimentar e nutricional, a biodiversidade e a integralidade do cuidado no Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com Marcos Trajano, gerente de Práticas Integrativas em Saúde da SES-DF, a iniciativa representa uma inovação no campo das políticas públicas de saúde. “Os hortos agroflorestais medicinais biodinâmicos fortalecem a promoção da saúde, a assistência farmacêutica e o vínculo entre comunidade, profissionais e gestores, aproximando as pessoas da natureza e promovendo o cuidado integral no território”, explica.

A Portaria define os hortos como tecnologias sociais voltadas à promoção da saúde integral, sustentável e etnobiodiversa, e orienta sua expansão com base em princípios como intersetorialidade, sustentabilidade ambiental, enfrentamento ao racismo ambiental, valorização dos saberes tradicionais, segurança alimentar e saúde em todas as políticas.

A Fiocruz Brasília, por meio do CoLaboratório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade (CTIS), atua como parceira técnica e institucional na expansão e qualificação da rede, contribuindo com ações de formação, pesquisa e inovação em práticas integrativas e cuidado coletivo, em diálogo com os territórios e o SUS.