No Dia do Cerrado (11/9), a Fiocruz Brasília integrou a mesa “Saúde e mudança do clima nos territórios do Cerrado: ecos das mulheres para a COP30”, realizada durante o 11º Encontro e Feira dos Povos do Cerrado, em Brasília. O evento, considerado a “COP do Cerrado”, reúne iniciativas de defesa ambiental, justiça socioambiental e valorização dos modos de vida ancestrais e tradicionais, além de funcionar como preparatório para a COP30, que acontecerá em novembro, em Belém (PA).
O Encontro mobilizou povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais, extrativistas, agricultores e agricultoras familiares, além de organizações socioambientalistas, movimentos sociais, setor acadêmico e representantes de governos federal e estaduais.
Representando a Fiocruz Brasília, a vice-diretora, Denise Oliveira e Silva, ressaltou a importância da atuação conjunta entre ciência, movimentos sociais e comunidades na busca por soluções para a soberania alimentar, o enfrentamento da crise climática e a promoção da saúde e da justiça socioambiental nos territórios do Cerrado.
“A ciência só é boa se fizer bem ao próximo”, afirmou Denise, ao destacar que esse é o maior desafio de produzir conhecimento no território. Para ela, o saber popular deve ser respeitado e incorporado às práticas científicas.
Denise lembrou, ainda, que o Cerrado tem um valor especial para a Fiocruz Brasília, justamente por abrigar a instituição. “Garantimos, em nossos projetos, a valorização e a presença no território, unindo os saberes locais à construção de uma ciência voltada à preservação e ao reconhecimento da riqueza do Cerrado”, concluiu.
Também participaram da mesa a coordenadora da Rede Cerrado, Lucely Pio, e a coordenadora do LabClima do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa) da Universidade Federal de Goiás, Gislaine Luiz. A discussão foi mediada por Guilherme Franco, pesquisador da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) da Fiocruz.
O 11º Encontro e Feira dos Povos do Cerrado é idealizado pela Rede Cerrado, que reúne 60 organizações da sociedade civil e conta com o apoio de mais de 300 parcerias. A articulação busca fortalecer a defesa do bioma, propondo, monitorando e avaliando políticas públicas que afetam diretamente o Cerrado e seus povos.
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