Nas trilhas do Cerrado

Fiocruz Brasília 25 de setembro de 2015


Nas Trilhas do Cerrado é nome do projeto lançado esta semana na Fiocruz Brasília em comemoração à Semana da Árvore. Todas as árvores localizadas ao redor da instituição receberam placa de identificação, com nome científico, nome popular, descrição, potenciais farmacológicos, usos e curiosidades das plantas, inclusive das que acabaram de ser plantadas e ainda vão crescer. O projeto é iniciativa do Programa de Educação, Cultura e Saúde (Pecs).

“Na Semana da Árvore, comemoramos a identificação de todas as árvores que estão aqui no campus da Fiocruz em Brasília. É uma forma de levar ao corpo da casa conhecimento sobre a diversidade do bioma do cerrado, o que é importante para uma instituição que trabalha com ciência e tecnologia”, afirmou o diretor da Fiocruz Brasília, Gerson Penna.

A colaboradora do Pecs Ana Schramm ressalta que o projeto é uma forma de valorizar o espaço externo da instituição, de estimular um olhar diferenciado sobre as árvores. “É um projeto que está começando. A ideia é ver a Fiocruz como um museu a céu aberto. Temos a peculiaridade de ter mais de 30 espécies nativas, o que evidencia a importância da preservação do cerrado e de vivermos de maneira integrada com o a natureza”, disse.

 

Foram instaladas 134 placas identificando 50 espécies diferentes, nativas do cerrado e provenientes de outras áreas. São árvores frutíferas típicas do cerrado como cagaita, jatobá, jenipapo, pequi e curiola (frutinha com sabor de leite condensado), araçá, ingá e mais outras encontradas em todo país como jambo amarelo e diversas espécies de manga. Esta diversidade de frutas atrai muitas espécies de aves desde as de grande porte como carcarás, araras, tucanos e curicacas, até os pequeninos pica pau de cabeça vermelha, pica pau de cabeça branca, pica pau de cabeça amarela, beija flor, coruja buraqueira, sabiá e joão de barro. Aves que surpreendem e encantam trabalhadores, alunos e visitantes da Fiocruz Brasília, com seus cantos e penas coloridas. 

Sergio Filho, da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), afirma que a iniciativa de nomear a vegetação que circunda o prédio da Fiocruz Brasília foi importante para que todos conheçam as árvores que nos cercam e que sintetizam a biodiversidade e a riqueza do Cerrado.

Em comemoração à data, os colaboradores se reuniram em um grande piquenique no jardim. Meire Lima, do Serviço de Administração afirma que o piquenique colaborou também para melhorar a relação entre as pessoas. “Ter espaços de conversação em um ambiente de trabalho e convivência também é sustentabilidade e promove saúde”.

Cerrado
Palco de belezas naturais e culturas, característica pela vegetação esparsa com árvores baixas, retorcidas e de casca grossa, o Cerrado é uma das regiões de maior diversidade do planeta e o segundo bioma brasileiro. Sua área total alcança 11 estados do país. O Cerrado é uma das mais importantes fontes de água para o país, por ter uma vegetação de raízes profundas. Porém, já perdeu metade da vegetação original e está sob ameaça. Nos últimos 50 anos, 80% da cobertura original foi desmatada.

O dia 21 de setembro é a data escolhida para comemorar o Dia da Árvore, e tem como objetivo conscientizar sobre a preservação dessa importante riqueza natural e provocar um momento de reflexão e mudança de postura.