Como é a evolução clínica de pacientes com encefalite equina do oeste? Experiência de casos argentinos

Andrea Nardy Albuquerque Sardinha 1 de agosto de 2025


Sérgio de Andrade Nishioka

Médico infectologista e Doutor em Epidemiologia
Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde – Fiocruz Brasília

Entre o final de 2023 e início de 2024, a Argentina enfrentou uma epidemia de Encefalite Equina do Oeste (EEO), afetando diversas províncias e resultando em mais de 500 casos suspeitos em humanos, dos quais mais de 100 foram confirmados. A EEO é uma arbovirose causada por um alfavírus, transmitido por mosquitos do gênero Aedes na América do Sul.

O Uruguai também registrou casos em humanos e equinos, em menor escala. No Brasil, dois casos em cavalos foram observados, um deles na fronteira com Argentina e Uruguai.

Três casos humanos graves foram publicados em revistas médicas. Um caso de menino de 9 meses ocorrido na província de Santa Fé, cujo diagnóstico foi confirmado por IgM e anticorpos neutralizantes. Medicado com antibióticos, aciclovir e anticonvulsivantes. Teve evolução favorável, sem sequelas. Outro caso em menino de 12 anos em ocorrido em Buenos Aires. Com o mesmo tratamento, mas permaneceu em uso de anticonvulsivante. O terceiro caso, em homem, trabalhador rural de 47 anos, portador de diabetes tipo 2, teve o diagnóstico confirmado por IgM e RT-PCR no líquor. A evolução foi desfavorável, com óbito após mais de 3 meses.

Os casos apresentaram meningoencefalite viral, com alterações no líquor (pleocitose leve e hiperproteinorraquia. Tratamento empírico com aciclovir foi comum, visando meningoencefalite herpética. Ceftriaxona foi usada por precaução, embora não fosse indicativo de meningite bacteriana.

 

O artigo completo e referencias podem ser encontrado em https://www.unasus.gov.br/especial/arboviroses/markdown/109