Francine Canto/Cidades Saudáveis (Texto e fotos)
Blumenau recebeu, na noite desta quarta-feira (3), o lançamento do projeto Cidades Saudáveis, iniciativa da Fiocruz Brasília que busca fortalecer a participação popular nas políticas públicas de saúde por meio da formação de lideranças sociais e conselheiros(as) de saúde.
O evento, realizado no auditório do Sintrafite, reuniu cerca de 300 pessoas, entre representantes de diferentes esferas da saúde pública, autoridades e lideranças comunitárias. A mesa de abertura contou com a presença de Fernanda Lou Sans Magano, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS); Sylvio Costa, superintendente do Ministério da Saúde em Santa Catarina; Eliana Bohland, representante do Núcleo Angicos da Fiocruz Brasília; Walter de Souza, presidente do Conselho Municipal de Saúde; além de lideranças sociais da região.
Palestra de abertura
A aula inaugural foi conduzida por Fernanda Magano, que apresentou o tema “A saúde como direito e o SUS”. Em sua fala, ela destacou a importância da mobilização social na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e ressaltou que o projeto Cidades Saudáveis é uma oportunidade para ampliar a escuta e o protagonismo da população na construção de políticas públicas.
Formação em diferentes bairros
Após o lançamento, o projeto inicia sua etapa formativa com oficinas gratuitas e certificadas pela Fiocruz, que acontecerão em diferentes regiões de Blumenau: Garcia, Centro, Velha, Fortaleza, Itoupava Central, Badenfurt e Escola Agrícola. As oficinas são gratuitas e algumas comunidades ainda tem vagas para quem quiser se inscrever.
As atividades são abertas a conselheiros municipais de saúde, representantes de movimentos sociais, associações comunitárias, organizações da sociedade civil e cidadãos interessados em compreender melhor o funcionamento do SUS e contribuir para cidades mais democráticas e justas.
Estrutura da formação
O percurso pedagógico será dividido em cinco módulos:
Mais do que transmitir conteúdos técnicos, a proposta valoriza o saber popular, a experiência dos territórios e a construção coletiva.
Saúde como direito de todos
Inspirado no conceito ampliado de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), o projeto entende saúde como resultado de condições dignas de vida — que incluem moradia, alimentação, renda, lazer, transporte, meio ambiente equilibrado e acesso universal a serviços de qualidade.
Com isso, o Cidades Saudáveis busca fortalecer os conselhos de saúde, incentivar a mobilização comunitária e consolidar o protagonismo popular na defesa do SUS e de cidades mais inclusivas.
Interessados em acompanhar as próximas fases da iniciativa podem acessar o perfil oficial do projeto no Instagram.