Fiocruz Brasília apresenta dados de pesquisa sobre o confinamento da Covid-19 em seminário internacional

Fernando Pinto 15 de julho de 2021


Um ano e meio após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a pandemia do novo coronavírus, pesquisadores do Brasil, Chile, Equador, México, Peru e Espanha se reuniram em um webinário internacional para apresentar os principais resultados de uma pesquisa sobre os impactos provocados pela Covid-19 na América Latina e Espanha. Na primeira fase, o estudo internacional contou com a adesão de quase 42 mil pessoas dos seis países participantes.

 

As pesquisadoras Alessandra Queiroga e Jakeline Barbosa (Fiocruz Brasília) apresentaram os dados brasileiros da primeira fase da pesquisa, com destaque para a sobrecarga das mulheres durante o confinamento e pessoas com sofrimento mental antes da pandemia. Realizada entre junho e agosto de 2020, a aplicação dos questionários contou com respostas de cerca de 15 mil brasileiros, sendo que 79% desses participantes eram do sexo feminino. As pesquisadoras detalharam alguns resultados como a taxa e a situação de isolamento social, os impactos sociais e mentais, e a preocupação dos participantes de seus familiares e amigos se infectarem pelo vírus da Covid-19.

 

A pesquisa integra uma cooperação científica internacional que visa a avaliar e comparar o impacto social gerado durante e após o período de confinamento, adotado como medida de prevenção e controle da Covid-19 nos cinco países participantes da investigação. Além da Fiocruz (Brasília e Bahia), a parceria inclui a Escola de Saúde Pública da Universidade do Chile, o Instituto de Saúde Pública da Universidade Católica do Equador, o Instituto Nacional de Saúde Pública do México e a Universidade Peruana Cayetano Heredia, com coordenação geral do Instituto Universitário de Atenção Primária à Saúde (IDIAPJGol), da Espanha.

 

Neste momento, a pesquisa avançou para a segunda etapa: agora, os pesquisadores querem aprofundar a compreensão sobre as consequências da pandemia. O objetivo é subsidiar um melhor planejamento das ações e protocolos em futuras emergências em saúde pública. 

 

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