A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) marcou presença no lançamento da Frente Parlamentar pela Eliminação da Malária na Amazônia (FPEMA). O evento ocorreu na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), em Brasília, no dia 17 de junho.
Como representantes da Fiocruz estiveram presentes a diretora da unidade em Brasília, Fabiana Damásio; a diretora da Fiocruz Amazônia, Stefanie Lopes; o pesquisador em malária, Claudio Ribeiro, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz); a pesquisadora Noely Moura, do Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde (Nevs/Fiocruz Brasília); e as assessoras parlamentares da Fundação, Mônica Geovanini e Mônica Mendes.
A Frente atuará em cinco eixos estratégicos para eliminar a doença no Brasil até 2035. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o país tem avançado na redução dos casos: entre janeiro e abril de 2025, foram registrados cerca de 34 mil, uma queda de 25% em relação ao mesmo período de 2024, que teve 45 mil casos. No Amazonas, a redução também foi registrada: de 19.568 para 17.204 casos, uma queda de 10%.
Para o pesquisador em malária do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Claudio Ribeiro, a Frente vem para preencher uma lacuna nas ações de combate à doença junto ao Parlamento, justamente na interface com as autoridades políticas nos estados e municípios.
“Nós estamos diante de uma doença que afeta crianças, causa problemas cognitivos, que é o nosso tema de estudo. Uma vez que a gente sabe como tratar e que precisa prevenir, é necessário diminuir o contato e a chance de um indivíduo, que não tem absolutamente nenhuma culpa de viver em um lugar com transmissão ativa dessa doença, que a gente sabe como controlar”, destacou Ribeiro.
O apoio da Frente ao Ministério da Saúde está previsto em duas fases: a primeira contempla a implementação das estratégias em 16 municípios prioritários até 2026. A segunda etapa, prevista até 2030, ampliará a cobertura para 32 municípios, com oficinas de microplanejamento, capacitação nacional em entomologia e ações articuladas de diagnóstico, tratamento e controle vetorial.
“O lançamento dessa Frente é muito importante para integrar as ações de vigilância em saúde para a eliminação da malária, que é negligenciada e atinge o território da Amazônia, uma área endêmica que sucumbe ainda dessa doença”, sublinhou a diretora da Fiocruz Amazônia, Stefanie Lopes. A diretora afirma, ainda, que a união do Parlamento com pesquisadores, cientistas, acadêmicos e conhecedores da malária será fundamental para esclarecer como a doença atinge os territórios, os seus impactos na saúde pública e as ações necessárias para a sua efetiva eliminação no país.
A malária está entre as doenças incluídas no programa Brasil Saudável, que tem como meta eliminar 11 doenças e cinco infecções de transmissão vertical como problemas de saúde pública. A iniciativa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU e à estratégia da Opas para a eliminação de enfermidades nas Américas.
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Com informações do Ministério da Saúde.