24 de outubro. 09 horas e 12 minutos. O ônibus do Hemocentro dá a partida. A bordo está a primeira turma de trabalhadores que participa da Campanha de Doação de sangue, em comemoração aos 41 anos da Fiocruz Brasília. No rádio, a banda mineira Skank canta a música Dois Rios – “Como eu fiz também/só pra poder conhecer/ o que a voz da vida vem dizer”……. E solidariedade foi o que a voz da vida disse para essas pessoas que conectaram sentimento e ação.

São muitas as histórias e as razões, cada doador tem a sua. E assim como na música “que os braços sentem e os olhos veem”…. E o que se vê são superações, pessoas vencendo medos, como o de agulha, de ver sangue (dá zonzeira), pessoas que nunca haviam “tirado sangue na vida para fazer exames”, pessoas dispostas a vencer barreiras “sempre quis doar, mas nunca dava. Agora virei sempre”. Pessoas que vivenciaram situações desesperadoras de busca de doadores para atender urgências familiares.

E o que os olhos também veem são doadores contumazes. São pessoas que incorporaram a solidariedade de doar sangue pra mais de 10 anos, alguns até mais de 20 anos. “E não somente do Hemocentro mas também no Hospital Brasília. Sou doador universal – sangue tipo O+ – e periodicamente doo sangue e plaquetas “. ” Sou doador há mais ou menos dez anos, mas penso que campanhas como esta são estimulantes, despertam pessoas para a importância da doação”.

E o que os olhos veem e o coração sente é gratidão.  Um agradecimento profundo aos “ esquecidos” – os que retornaram ao Hemocentro no segundo dia da campanha (25 de outubro) pois esqueceram de levar documento de identificação no dia anterior; aos que não efetivaram a doação, por consumo de alimentos inadequados no dia anterior. Gratidão pelos “barrados na triagem” por causa de cirurgia (doação só após seis meses), pelo término recente de tratamentos, pelo uso de medicamentos……. Gratidão a todos os 60 colaboradores da Fiocruz Brasília pela solidariedade manifesta e participação na campanha organizada pela Assessoria de Comunicação.

Jorge Vaz, diretor executivo do Hemocentro de Brasília, falou da importância de parceiras, a exemplo da com a Fiocruz.  Bem humorado observou ser a máxima do Hemocentro “sangue nunca é demais”.  Relatou que têm atuado junto a instituições de ensino, em especial do ensino fundamental, para estimular a formação de doadores. Clique aqui para acessar imagens do segundo dia da campanha.  Clique aqui para assistir ao vídeo.