Ministro da Saúde abre na Fiocruz Brasília o segundo dia da faxina contra Aedes em prédios da administração pública

Fiocruz Brasília 11 de março de 2016


“A situação é gravíssima e não podemos relaxar”. A frase do ministro da Saúde, Marcelo Castro, sintetiza o avanço de 150 casos em 2015 para mais de seis mil casos de microcefalia neste ano devido à epidemia do zika vírus.  Emocionado, falou sobre os bebês e suas mães. “Não são apenas números. São vidas, são dramas humanos. Imagine a dor de uma mãe ao olhar sua criança e vê-la com microcefalia… saber que ela nunca será uma pessoa independente, sempre precisará de cuidados especiais”. O ministro abriu o segundo dia de faxina contra o Aedes aegypti em prédios da administração pública na sede da Fiocruz Brasília.

A importância de definir um dia na semana para limpar nossas residências e eliminar todos os possíveis criadouros do Aedes foi destacada. Para ele, são quinze minutos fundamentais e a ação deve ser continuada, permanente, ininterrupta, pois o mosquito tem uma capacidade enorme de reprodução. Citou ser de 10 dias o ciclo de vida do vetor e cada fêmea põe em média 400 ovos durante sua existência, caso metade nasça fêmea teremos mais 200 mosquitos com capacidade de transmitir a doença.

Dizendo estar otimista que o Brasil vencerá o mosquito, citou recente pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte). Nela, 85% dos entrevistados disseram adotar medidas para combater o Aedes e destes 93% referiram a eliminação de criadouros em suas residências. Ele destacou que dois terços dos criadouros são encontrados nas residências e apenas um terço em lixões, praças e ruas. 

Após encontro com trabalhadores no auditório interno, o ministro percorreu o prédio da Escola Fiocruz de Governo e concedeu o selo verde atestando estar livre de criadouros. O ministro foi acompanhado pelos integrantes da Liga da Sustentabilidade, que reúne trabalhadores de diversos setores da Fiocruz e periodicamente desenvolve ações visando redução de consumo de água, luz e controle de criadouros de Aedes.

O evento teve a presença de Valcler Rangel, vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Gerson Penna, diretor da Fiocruz Brasília, Antônio Carlos Nardi, secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde e Nereu Mansano, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Gerson Penna informou que o edifício da Fiocruz abriga duas unidades  de ensino – a Escola Fiocruz de Governo e a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), a primeira com 14 cursos de pós graduação. A UNA-SUS congrega 39 universidades brasileiras que realizam cursos à distância atendendo demandas do SUS. Em fevereiro foi aberto o curso “Zika: abordagem clínica na atenção básica” e em apenas dez dias somaram 22 mil inscritos. 60% são médicos e enfermeiros, na faixa etária de 30 a 35 anos.

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