Refletir sobre a prática médica no contexto de trabalho das equipes da Estratégia de Saúde da Família é um dos desafios do SUS que tem agora um novo espaço acadêmico. As aulas do Mestrado Profissional em Saúde da Família começaram e vão inserir 200 médicos no contexto da ação educativa e de preceptoria pelo Brasil.

O novo curso, apoiado pelos Ministérios da Saúde e da Educação, será realizado à distância, ao longo de dois anos, com oito encontros presenciais previstos nas 960 horas de formação das turmas em várias partes do país. Na Fiocruz Brasília, serão formados dez médicos do Distrito Federal e de Mato Grosso, que vão articular os conteúdos da saúde coletiva e da saúde da família apreendidos no mestrado à sua prática cotidiana. A primeira aula do grupo foi realizada hoje, 04 de maio, durante todo o dia.

Esta formação é inédita no país e visa melhorar a capacidade de resposta dos serviços às necessidades da população. Para a primeira turma, foram inscritos 900 médicos.

Da Fiocruz Brasília, cinco profissionais estão entre o grupo de professores do curso: o diretor da instituição, Gerson Penna, a coordenadora da Escola Fiocruz de Governo, Maria Fabiana Damásio, o secretário executivo da UNA-SUS, Francisco Campos, o coordenador do Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde, José Paranaguá, e o membro do Colaboratório Felipe Cavalcante.  O curso semi-presencial, tem oito encontros presenciais. O núcleo EAD da Escola Fiocruz de Governo, da Fiocruz Brasília, é responsável pelo ambiente virtual de aprendizagem dos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal.

O mestrado possui sete diferentes linhas de pesquisa: Atenção integral aos ciclos de vida e grupos vulneráveis; Atenção à saúde, acesso e qualidade na atenção básica; Educação e saúde; Gestão e avaliação dos serviços na Estratégia de Saúde da Família/Atenção Básica; Informação e saúde; Pesquisa Clínica; e Vigilância em Saúde.

Para a médica Alda Lacerda, uma das professoras do curso, a expectativa é grande. “Com esta integração entre as instituições de ensino e os serviços, esperamos o fortalecimento do SUS e sua afirmação como campo de prática”, afirmou Alda, que trabalha na Escola Politécnica Joaquim Venâncio (ESPJV/Fiocruz).

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Clique aqui para assistir o primeiro vídeo com a aula do atual presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Gastão Wagner de Sousa Campos.