Mais de 60 experiências de apoio às famílias e crianças acometidas pela Síndrome Congênita de Zika Vírus foram apresentadas nesta terça-feira, 09 de maio, em reunião entre representantes da Fiocruz Brasília e Organização Panamericana da Saúde, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa). Este mapeamento das tecnologias sociais desenvolvidas por famílias, movimentos sociais e instituições da região nordeste do país, produzido por Fernanda Machiner, da Fiocruz Brasília, é parte da preparação da Feira de Soluções para a Saúde – Zika e síndromes congênitas. A feira vai comportar diferentes formatos de exposição que propiciem a troca de experiências entre os participantes, por meio de oficinas, rodas de conversa, apresentações culturais, entre outros.

Prevista para ser realizada em agosto, na cidade de Salvador (BA), a Feira vai fomentar um conjunto de inovações em saúde, desenvolvidas não só por instituições de pesquisa, mas também por famílias, governo e empresas.

Kellen Rezende, da Fiocruz Brasília, responsável pelo levantamento dos investimentos governamentais na área, relatou que quase 400 milhões de reais já foram disponibilizados por agências de fomento e órgãos públicos, mas em sua maioria os editais estão voltados à pesquisa básica no tema, com pouco espaço para soluções relacionadas ao acesso da população aos serviços de saúde.

O vice-diretor da Fiocruz Brasília, Wagner Martins, compreende a Feira como um espaço importante para se fomentar o conhecimento científico para a solução de problemas de saúde, com o início de uma base de dados de soluções em saúde pública, que no futuro, pode ser adaptável a outras emergências do país.

A assessora da Fiocruz Brasília Teresa Campelo ressaltou que uma das inovações da Feira é proporcionar a construção de uma agenda entre movimentos sociais, comunidade científica e governo. Segundo ela, a iniciativa deve catalisar um conjunto de inovações.

As ações de comunicação da Feira são coordenadas pela Assessoria de Comunicação da Fiocruz Brasília, e a expectativa é lançar na próxima semana o site da Feira de Soluções para a saúde – Zika, para inscrição dos participantes e divulgação de informações específicas sobre o evento.

Durante a feira, está prevista a realização do seminário Internacional Zika, capitaneado pelo Unicef com participantes de outros países, a Sala de Situação sobre Direitos Sexuais e Reprodutivos das Mulheres em tempos de zika, organizada pelo Unfpa e um Hackaton em saúde, que vai agregar desenvolvedores de sistemas em prol da busca de inovações em saúde, organizado pela Fiocruz Brasília,  Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde , Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Ministério da Saúde.