Covid-19: Plano de Educação Permanente para gestores da Atenção Primária à Saúde do DF recebe inscrições

Fernanda Marques 27 de julho de 2020


Fernanda Marques

 

Estão abertas a partir desta segunda-feira, 27 de julho, as inscrições para o Plano de Educação Permanente “Reflexões e Experiências da Gestão da APS/DF em Tempos de Covid-19”, um conjunto de atividades educativas de curta duração voltado, exclusivamente, a trabalhadores e residentes que atuam na gestão da Atenção Primária à Saúde (APS) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF). As atividades são gratuitas, na modalidade à distância, e os gestores interessados podem fazer sua inscrição aqui. Os participantes receberão certificado de curso livre de até 40 horas. O objetivo é promover a troca de saberes e experiências entre os gestores da APS do DF no enfrentamento à pandemia, por meio da escuta e do diálogo. 

 

De acordo com a diretora da Escola de Governo Fiocruz (EGF) – Brasília, Luciana Sepúlveda, a APS desempenha um papel estratégico no enfrentamento de crises sanitárias, como é o caso da pandemia de Covid-19. “São os profissionais da APS que devem conhecer e monitorar o que se passa no território, acompanhar, aconselhar e encaminhar as necessidades de saúde da população”, ressalta. “É preciso valorizar o papel do gestor da APS como uma peça-chave para otimizar essa capacidade de resposta, com a melhoria dos serviços, da interação com os territórios, da gestão de equipes e da condição de trabalho do profissional de saúde”, complementa o coordenador de APS da SES/DF, Fernando Erick Damasceno.

 

A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, destaca o alinhamento do Plano de Educação Permanente com a atuação da EGF – Brasília. “A Escola vem cumprindo a sua missão de ofertar formação educacional aos quadros funcionais do SUS e, neste momento de pandemia, ela reafirma este compromisso de contribuir para o fortalecimento das respostas que os gestores e trabalhadores da APS têm construído junto com as comunidades nos territórios. As respostas para o cuidado e a prevenção precisam ser organizadas de maneira ágil e contextualizada, com base nas experiências e evidências científicas. É neste cenário que a Escola apresenta uma ação educativa que dialoga com o que os profissionais do SUS necessitam de aporte em sua realidade”, diz.

 

Com foco na gestão, o Plano visa à organização das equipes e serviços, otimizando a interação com as pessoas e comunidades, para melhorar a eficiência no enfrentamento da pandemia. “Nosso olhar está voltado à implementação e consolidação do modelo Estratégia Saúde da Família, modelo ideal de APS para aumentar a capacidade de resposta a qualquer evento adverso”, sublinha Fernando. 

 

O Plano é composto por oito minicursos que abordarão o território na organização dos serviços; a reorganização dos processos de trabalho no contexto da pandemia; os diálogos com a vigilância em saúde; a gestão da informação para o planejamento e monitoramento de ações; o trabalho das equipes de saúde bucal; o papel do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF); os efeitos da pandemia em grupos com condições crônicas e em vulnerabilidade; e as questões de saúde mental e socioeconômicas. Segundo Luciana, os temas foram escolhidos a partir da escuta das demandas dos gestores e da Coordenação da Atenção Primária à Saúde (COAPS/SES/DF), que solicitou esta ação educativa. “É uma formação flexível e ágil, adaptada às condições atuais, onde os gestores poderão entrar e participar dos módulos que acharem mais interessantes, obter respostas às suas necessidades imediatas e acessar os conteúdos em momento oportuno”, comenta a diretora da EGF – Brasília.

 

Cada minicurso contemplará um webnário, além de atividades de leitura e participação em fórum, somando cinco horas de duração. “Os webnários contarão com especialistas nos assuntos e também com gestores da nossa APS do DF, para a troca de conhecimentos e o compartilhamento de ações que vêm sendo desenvolvidas no enfrentamento da pandemia de Covid-19”, explica o diretor de Estratégia Saúde da Família da SES/DF, Ricardo Aguiar. Os minicursos serão lançados a cada 15 dias, com início em 4 de agosto. Quem não puder acompanhar ao vivo terá a opção de assistir depois, conforme sua disponibilidade de tempo. Os minicursos e outros conteúdos – como um repositório com diversos materiais sobre a Covid-19 e um espaço de debates – ficarão disponíveis até 29 de novembro no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da EGF – Brasília. Ao final, os participantes deverão preencher um questionário de avaliação do Plano e serão convidados a postar um relato de experiência de seu território. 

 

Esta é uma ação do Programa de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualis APS) da SES/DF, em parceria com a Fiocruz Brasília, a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec) e a Universidade de Brasília (UnB). A ação também integra a iniciativa Qualifica APS da SES/DF. “A proposta de um Plano de Educação Permanente em Saúde traz como eixo principal o aprendizado que acontece no e pelo trabalho, em diálogo com a produção acadêmica de evidências científicas. Na interface entre ciência, tecnologia, experiência e conhecimento prático, encontramos a possibilidade de aumentar a nossa agilidade e resolutividade em trazer respostas a esta crise”, avalia Luciana. A equipe da EGF – Brasília é responsável por esta ação de Educação Permanente em Saúde: elaboração e produção da proposta, e acompanhamento da oferta, em parceria com a SES/DF. “Este Plano reflete princípios e diretrizes da Escola: a indissociabilidade entre pesquisa, educação e território; o trabalho como locus organizador da experiência formativa; e a inovação, tanto do ponto de vista da modelagem pedagógica como do uso de tecnologias”, afirma a diretora.

 

As inscrições ficarão abertas, em fluxo contínuo, até 10 de novembro.

 

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