Trabalho apresenta contribuição da Escola Fiocruz de Governo para a gestão do SUS

Fiocruz Brasília 27 de julho de 2018


A Fiocruz Brasília cresceu ao longo de seus 42 anos de existência e a Escola Fiocruz de Governo (EFG) faz parte desse crescimento, possibilitando ampliar a atuação e intervir no território do Distrito Federal. A história da EFG foi apresentada durante o 12º Congresso de Saúde Coletiva (Abrascão 2018), no último sábado, 28 de julho. 

O pesquisador João Paulo Brito, integrante da EFG e um dos autores do trabalho, destacou que a necessidade de formar profissionais para o SUS é um elemento de constante discussão em todo o país há muitos anos e que existe uma lacuna na formação de gestores na saúde no Brasil. 

A Escola abriga cursos em vários níveis de ensino: livres e de pós-graduação lato e stricto sensu, com o objetivo de fortalecer a formação profissional para o SUS na região centro-oeste. 

Brito destacou que os princípios normativos e as metodologias devem se aproximar do território para formar profissionais com a compreensão necessária para a construção e gestão de políticas públicas para a saúde. O pesquisador apresentou o processo de construção do projeto político pedagógico da Residência Multiprofissional em Gestão de Políticas Públicas para a Saúde, que busca suprir essa necessidade. 
Inédita nesta área, a residência surgiu em 2017, fruto de parceria entre a Fiocruz Brasília e a Escola Superior de Ciências da Saúde, como estratégia de formação e contribuição com a gestão para o SUS. O curso tem como princípios educativos orientadores o território e o trabalho.  

Para o pesquisador, o território da região centro-oeste apresenta realidades distintas e complexas, surgindo assim grandes desafios de articulação com vários atores e perspectivas. Segundo ele, o problema não é nos recursos, mas na gestão.

Os autores do trabalho encontraram 35 atas de reuniões e três documentos orientadores produzidos pela equipe, onde a Residência foi apontada como importante estratégia para a formação de gestores do SUS articulado com o território, possibilitando a construção a partir de elementos materiais das condições determinantes e ou condicionantes da saúde da população.

Outros trabalhos sobre educação e formação em saúde foram apresentados. O enfermeiro e pesquisador John Victor dos Santos, da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), falou sobre a percepção do docente de enfermagem de uma universidade de Maceió sobre as ações integrativas e prática interprofissional na saúde. 

O educador físico e pesquisador Filipe Velozo, da Universidade Federal Fluminense, apresentou dois projetos:  um retrata a experiência de uma atividade de promoção e cuidado em saúde com adolescente do ensino fundamental que vivem em contexto de vulnerabilidade em uma escola do Meier; e outro que aborda os limites e possibilidades da educação física e saúde coletiva na graduação. Assistência fisioterapêutica em domicílio na atenção primaria à saúde: a visão do cuidador, também foi apresentado na Comunicação Oral, pela pesquisadora Patrícia Vieira, do Centro Universitário Estácio de Santa Catarina.