Pesquisadores defendem conexão entre redes durante abertura do I Colóquio de Análise de Redes e Prospecção Tecnológica

Fiocruz Brasília 28 de agosto de 2015


Vice-diretor da Fiocruz Brasília, Wagner Martins, apresentou a constituição da Rede Fiocruz de Inteligência Cooperativa em Ciência, Tecnologia, Inovação em Saúde

O imaginário social, as tecnologias, a ciência, os movimentos sociais, a gestão, o trabalho e a web. Estes são alguns dos olhares e múltiplas abordagens a serem observados quando se trabalha em rede, em especial no campo da saúde, que está associado à vida. A observação é da professora Regina Marteleto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em palestra proferida na manhã da abertura do Colóquio de Análise de Redes e Prospecção Tecnológica, na Fiocruz Brasília.

Desde ontem (27), quando foram ministrados cursos e oficinas, especialistas de todo país estão reunidos discutindo sobre os rumos da Ciência de Redes e metodologias de Análise de Redes e Prospectiva Tecnológica.

Jorge Fernandes, professor e diretor do Centro de Informática da Universidade de Brasília, disse que as redes são constituídas por dualidade e que será necessário transitar permanentemente entre duas visões: sistema e rede. O sistema é caracterizado por ter foco no indivíduo, pensamento convergente, a estrutura organizacional ordenada e os limites definidos, precisos. Já a rede, tem foco na sociedade, comporta pensamentos divergentes, estrutura caótica e limites difusos.

Wagner Martins, vice-diretor da Fiocruz Brasília, apresentou a constituição da Rede Fiocruz de Inteligência Cooperativa em CTIS, que objetiva integrar informações, disseminar conhecimento e formar redes cooperativas. Observou ser o mundo atual caracterizado por rápidas mudanças, grandes desafios e ser fundamental que a informação gere ação, caso isso não ocorra, será apenas um dado solto.

Durante o evento, o cientista da computação estadunidense Boleslaw Karl Szymanski fez uma comparação entre as redes complexas e bio-redes, os métodos e as diferentes aplicações relacionadas aos estudos na área da saúde.

O palestrante defendeu que é necessário ter interação entre as diferentes redes. “Precisamos fazer uma conexão para ajudar os cientistas, não fazer uma rede única. A interdisciplinaridade aumenta a visibilidade. Com diferentes conhecimentos e métodos da área, conseguiremos criar uma rede interativa e de colaboração de dados”, afirmou.

Szymanski, conhecido por importantes contribuições para a ciência da computação, é o diretor de Redes Sociais Cognitivos Academic Research Center, que estuda os fundamentos da rede ciências sociais e cognitivas.

O Colóquio contou ainda com apresentação de trabalhos de diversos temas, como Políticas Públicas e Prospecção Tecnológica, Redes Interpessoais e Segurança da Informação, Redes de Colaboração na Ciência e Tecnologia, e Redes de Negócios e Organizacionais.