Juventude cigana: da invisibilidade à comunicação popular em saúde

Fiocruz Brasília 9 de agosto de 2020


[em construção]

 

Organização responsável:

Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT)

 

Sobre a organização: 

Tem como missão o fomento, a proteção, a salvaguarda, o registro e a divulgação dos saberes e filosofias ciganas, bem como a defesa de seus direitos humanos e a inclusão cidadã, de maneira a desconstruir estereótipos e combater o racismo e a exclusão social. Desde sua fundação, em 2017, desenvolve um trabalho de ativismo e ações sociais, políticas, culturais e comunicacionais.

 

Resumo do projeto:

A Covid-19 mostrou como as desigualdades são acentuadas em contextos de crise. As medidas de isolamento para conter a transmissão impediram a realização do trabalho tradicional com o comércio informal, renda da maior parte das pessoas ciganas, resultando em dificuldades para garantir sua soberania alimentar. Além disso, a falta de informação sobre a população cigana evidencia preconceitos históricos, aflorados no início da pandemia, quando famílias itinerantes foram impedidas de acampar em cidades no Sul do país. A vida em comunidade desses grupos foi confundida com aglomeração, resultando em matérias jornalísticas que os acusavam de ter espalhado o vírus. Vítimas da desinformação, tiveram direitos humanos violados, com discursos de ódio e racistas em mídias sociais. A falta de diálogo com o poder público e a população em geral também leva à desconfiança das pessoas romani em relação a dados e recomendações sobre diagnóstico, tratamento e vacinação. Diante desse cenário e da importância de uma leitura crítica das novas mídias e tecnologias, foi proposta uma formação online em comunicação popular em saúde com jovens romani brasileiros para atuação junto às suas comunidades no combate à desinformação e às fake news, incluindo a produção de conteúdos para as redes sociais desde uma perspectiva ética, antirracista e emancipatória em saúde. 

 

Território de atuação:

Nacional

 

Perfil do público participante:

Jovens romani, de 15 a 35 anos, das etnias Rom e Kalon, oriundos de 10 estados brasileiros (DF, GO, ES, MT, PA, PB, PE, PR, RJ, RN)

 

Pessoas beneficiadas diretamente:

21 jovens participantes da formação e 15 profissionais da equipe do curso

 

Pessoas beneficiadas indiretamente:

⇒ Famílias e comunidades ciganas às quais os jovens pertencem (só em Mato Grosso, a comunidade Romani reúne cerca de 400 pessoas);

⇒ Mais de 14 mil pessoas alcançadas pelas publicações da AEEC-MT em suas mídias sociais durante a execução do projeto. 

 

Ações realizadas:

xxx xxx xxx xxx xxx [atividades, como aulas, e produtos, como cartilhas]

⇒ Curso de extensão “Juventude cigana: da invisibilidade à comunicação popular em saúde”, composto por oito encontros em plataforma online, com uma hora e meia de duração cada, às terças e quintas-feiras, de 28 de fevereiro a 23 de março de 2023, abordando temas como informação e comunicação no campo da saúde, anticiganismo e violências simbólicas, desinformação e fake news, fact-checking, uso seguro das redes e produção de conteúdo;

⇒ Trabalhos finais elaborados e apresentados pelos participantes (#CiganosnoIBGE, Mulheres ciganas, saúde sexual e reprodutiva, Juventude Cigana Presente, Povos ciganos na mídia);

Guia prático para replicação do curso;

⇒ Formação de uma rede inédita de jovens ciganos no Brasil (mesmo após o final do curso, ela se mantém ativa, com seus integrantes em contato em grupo de WhatsApp e por outros meios);

⇒ Fortalecimento de parcerias com os Coletivos Orgulho Romani e Ciganagens, e com as Universidade Federais de Mato Grosso (UFMT) e Rondonópolis (UFR);

⇒ Distribuição de press releases sobre o projeto, replicados em mais de 100 sites noticiosos de todas as regiões do país. 

 

 

Registros:

Sessão de abertura do curso online “Juventude cigana: da invisibilidade à comunicação popular em saúde”, realizada em 28 de fevereiro de 2023. A formação foi composta por oito encontros e reuniu 21 jovens ciganos de todas as regiões do Brasil, que, ao final, elaboraram conteúdos como campanha, guia e vídeo.

O jornalista Roy Rogeres, que conduziu o encontro sobre desinformação e fake news.

 

Depoimento de Aluízio Azevedo, coordenador pedagógico do curso

Depoimento de Gabriela Marques, coordenadora dinamizadora do curso 

xxx xxx xxx xxx xxx [entram: álbum de fotos no Flickr, vídeos de depoimentos etc.; não entram: atas, formulários etc.]

 

Site / mídias sociais:

www.aeecmt.blogspot.com 

https://www.instagram.com/aeecmt

https://www.facebook.com/aeecmt

https://www.youtube.com/@aeecmt7993

 

Contato: 

(65) 9 9911-3473 | aeecmt@gmail.com