Fiocruz realiza formação em Moçambique

Nathállia Gameiro 14 de novembro de 2019


Nathállia Gameiro

Nutricionistas e estudantes participaram do Curso Internacional de Atualização em Métodos de Consumo Alimentar e Antropometria de Crianças Menores de Cinco Anos. A formação foi ministrada pela Fiocruz em Beira, na província de Sofala, Moçambique – África, com início no dia 4 de novembro, finalizando amanhã (15).

A cidade foi atingida em março deste ano pelo ciclone Idai. Os ventos e as enchentes destruíram casas, matando muitas pessoas e deixando muitos desabrigados. Além disso, os alagamentos levaram doenças transmitidas pela contaminação de água e alimentos por bactérias. A ida das pesquisadoras Denise Oliveira e Eduarda Cessi, da Fiocruz Brasília e Fiocruz Pernambuco, respectivamente, esteve no âmbito da cooperação Fiocruz – Moçambique. O estudo é fruto da dissertação do estudante Matias Joaquim Culpa, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Fiocruz Pernambuco. A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, é coordenadora adjunta do projeto.

Dividido em três módulos ofertados como cursos livres, a capacitação dos profissionais foi fundamental para apoiar a coleta de dados, analisar a prevalência da desnutrição infantil em área urbana e traçar o perfil antropométrico e nutricional em crianças de 6 a 59 meses da cidade para construir a vigilância alimentar e nutricional de Beira.

Denise conta que se surpreendeu com o grupo de alunos, que esteve motivado a aprender durante todo o curso. Eles viram os principais conceitos, métodos de avaliação da ingestão alimentar e antropometria de crianças menores de 05 anos, conteúdos sobre vigilância alimentar e nutricional, visitaram uma unidade básica de saúde para simular a coleta de dados e foram a campo para identificar as principais limitações e vantagens. Apesar de estarem preparadas para as dificuldades que enfrentariam no local, as pesquisadoras precisaram adaptar o curso. As condições de infraestrutura eram bastante restritas. “O acesso a computadores e internet não é tão amplo como achamos no Brasil. A grande maioria dos alunos não tem computador em casa e depende de equipamentos de universidades e instituições”, explicou Oliveira. 

Confira o depoimento das pesquisadoras e orientadoras:

 

 

 

 

  Veja algumas fotos: