Representantes da instituição estiveram presentes no evento nacional realizado entre os dias 19 e 24 de maio, em Natal 

A Teia Nacional da Diversidade 2014, realizada entre os dias 19 e 24 de maio, em Natal (RN), reuniu pessoas do Brasil inteiro e foi considerado o maior encontro de diálogo, inclusão e participação social na área cultural do país. O evento contou com a presença e participação da Fiocruz Brasília, por meio da Rede Saúde e Cultura, que realizou oficina para os pontos de cultura.

A Teia 2014 reuniu representantes dos Pontos e Pontões de Cultura e das Redes da Diversidade que integram o Programa Cultura Viva. Além disso, contou com a participação de grupos de Culturas Populares como culturas indígenas, culturas ciganas, LGBT, crianças, idosos, pessoas com deficiência, saúde mental, trabalhadores urbanos, povos de terreiro, quilombolas, imigrantes e trabalhadores rurais. 

O objetivo do evento, promovido pela Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC/MinC) e pela Comissão Nacional de Pontos de Cultura (CNPdC), foi fortalecer o exercício dos direitos culturais e  o diálogo no campo cultural entre sociedade, gestores e instituições, para ampliar políticas e ações de valorização e promoção da cultura brasileira.  

Na oficina Educação, Cultura e Saúde para os Pontos de Cultura, realizada pela Rede Saúde e Cultura, no dia 23 de maio, os representantes de pontos de cultura puderam conhecer a Rede e suas ações, além do trabalho feito pelos dinamizadores de cada região com os pontos de cultura e outros parceiros. 

A bolsista Gisele Fink apresentou o conceito ampliado de saúde e a relação entre saúde e cultura, além das políticas nacionais que abordam esta interface. “Uma depende da outra, são interdependentes. Até mesmo a forma como eu posso promover a saúde é de acordo com a minha cultura, de acordo com o meu entendimento e com o que eu recebi de herança da cultura material e alimentar. É aí que se baseia o trabalho da Rede Saúde e Cultura”, explicou. 

Gisele exemplificou com as ações realizadas por agentes de saúde que promovem cultura nas comunidades e com o Circuito de Ocupação Cultural para Saúde, projeto da Fiocruz Brasília e do Governo do Distrito Federal (GDF), que leva atrações culturais, como teatro, música e outras apresentações para equipamentos públicos de saúde do DF.  

“A participação da Rede Saúde e Cultura na Teia Nacional da Diversidade representou o fortalecimento, expansão e o início do desenvolvimento de uma política de saúde e cultura. Conseguimos mapear as iniciativas nessa interface e mobilizar os pontos de cultura”, afirmou Ana Schramm, bolsista da Rede Saúde e Cultura.

GT Saúde e Cultura
A Teia formou grupos temáticos que trabalharam e contribuíram no processo que resultou em mais de 600 deliberações, propostas que serão replicadas para os mais de 4 mil Pontos de Cultura em todo o Brasil. 

Entre os GT’s, foi criado o Cultura e Saúde, que tem como objetivo conjugar e aprofundar os dois conceitos.  O grupo foi aprovado por aclamação em plenária realizada no dia 20 de maio no Fórum de Pontos de Cultura. Formado por mais de 50 pessoas, entre representantes de Pontos de Cultura das cinco regiões do Brasil e bolsistas e dinamizadores da Rede Saúde e Cultura, a proposta vem também para complementar as ações da Rede.

Ana Schramm destaca que o evento também possibilitou o começo de uma ação voltada para políticas públicas. “Através do GT Cultura e Saúde que ajudamos a fomentar, a Teia nos permitiu começar uma ação voltada para a formação de uma política pública de saúde e cultura. Com o evento, pude perceber ainda mais a importância que a saúde e cultura têm para o desenvolvimento do país”, finalizou.