Fiocruz Brasília celebra Outubro Rosa 2020 com Roda de Conversa Virtual e lançamento de Comitê

Fernanda Marques 19 de outubro de 2020


Fernanda Marques

 

66.280. Esta é a estimativa de novos casos de câncer de mama para 2020, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Não são 66.280 sentenças de morte. Muito pelo contrário: são 66.280 oportunidades de ressignificar a vida e viver o presente, com as opções de tratamento hoje disponíveis, os testemunhos da importância da prevenção e o fortalecimento das redes de acolhimento. É com essa visão que a Fiocruz Brasília celebra o Outubro Rosa 2020 e convida a todos para Roda de Conversa Virtual com Vivian Luzia e Denise Santos, respectivamente, presidente e vice-presidente da Vencedoras Unidas, ONG de apoio emocional a mulheres com diagnóstico de câncer. O evento será realizado na plataforma Zoom no dia 20 de outubro, às 14h (clique aqui para participar). O evento é organizado pelo Serviço de Gestão do Trabalho (Segest) da Fiocruz Brasília e dirigido, especialmente, aos trabalhadores da unidade, mas todos os interessados são muito bem-vindos na atividade.

 

A Roda de Conversa marcará também o lançamento do ComNanda, Comitê Fernanda Miranda para a Conscientização, o Acolhimento e a Prevenção do Câncer de Mama. O objetivo da iniciativa é dar visibilidade, promover ações e fomentar o debate sobre o tema ao longo de todo o ano, e não somente no mês de outubro. Jornalista e mestre em saúde pública, Fernanda Miranda foi trabalhadora da Fiocruz Brasília e, com esta homenagem, ela não será lembrada porque morreu em 2020 com câncer de mama metastático, mas, sim, porque viveu com a doença e deixou importantes lições sobre qualidade de vida, apesar dos desafios e momentos difíceis.

 

Em grande parte dos casos, é possível detectar o câncer de mama em fases iniciais, o que aumenta as chances de tratamentos menos agressivos com resultados satisfatórios. De acordo com o Inca, “quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo”. Quando há metástases (isto é, quando o câncer se espalhou para outros órgãos), existem tratamentos de controle da doença que possibilitam prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida. O Instituto destaca também que “muitos avanços vêm ocorrendo no tratamento do câncer de mama nas últimas décadas. Há hoje mais conhecimento sobre as variadas formas de apresentação da doença e diversas terapêuticas estão disponíveis”. Tratamentos para o câncer de mama estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

 

São as próprias mulheres que descobrem a maior parte dos cânceres de mama. Conforme o Inca, “todas as mulheres, independentemente da idade, devem ser estimuladas a conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. Além disso, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos”.

 

A cada cinco casos, quatro ocorrem após os 50 anos. Além da idade, há outros fatores de risco para o câncer de mama: fatores genéticos e hereditários, como história familiar da doença; fatores da história reprodutiva e hormonal, como uso de pílulas anticoncepcionais (hormonais); e fatores ambientais e comportamentais, como sedentarismo.

 

Uma boa notícia é que, com a adoção de hábitos saudáveis – como praticar atividade física e alimentar-se de forma saudável –, é possível evitar em torno de 30% dos casos de câncer de mama. O Inca lembra, ainda, que “amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção para o câncer”.

 

Saiba mais em https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama