Fiocruz Brasília consolida sua agenda sobre Territórios Saudáveis e Sustentáveis

Fernanda Marques 29 de outubro de 2021


Teve início o Ciclo de Seminários Reflexões, Saberes e Experiências sobre TSS, que reúne trabalhadores da Fiocruz Brasília para consolidar o tema dos territórios saudáveis e sustentáveis (TSS) como uma agenda transversal da unidade, integrada às políticas institucionais. A atividade interna realizada no dia 26 de outubro inaugurou um processo de organização que tem como objetivo fortalecer o engajamento e o envolvimento da Fiocruz Brasília com os territórios.

 

“TSS é um campo de conhecimento, pesquisa, cooperação e intervenção que já faz parte da tradição da nossa unidade. Nossa tarefa é articular os projetos e ações desenvolvidos em torno de uma agenda agregadora, que nos oriente em teoria e prática para a interlocução e a presença no território”, disse a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio. “Ao longo da nossa história, temos trabalhado para enfrentar as desigualdades sociais, que foram acentuadas pela pandemia, o que reforça a importância da agenda de TSS”, completou. 

 

Um grupo de trabalho sobre o tema foi criado em 2019 na Fiocruz Brasília, ancorado nas iniciativas da Presidência da Fundação, como o Programa Institucional Territórios Sustentáveis e Saudáveis (PITSS), o Programa de Pesquisa Translacional de Promoção da Saúde (Fiopromos) e a Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030. “A expectativa com o Ciclo é aprofundar as reflexões e fomentar a cooperação em TSS”, destacou a vice-diretora da Fiocruz Brasília, Denise Oliveira. Serão realizados seminários semestrais com publicações de sínteses.

 

A atuação da Fiocruz Brasília em TSS inclui ações de campo, produções acadêmicas e experiências de formação. De acordo com o coordenador do Programa de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho (PSAT), Jorge Machado, TSS é um conceito que permite uma convergência de metodologias múltiplas, associadas ao processo de democratização da ciência. “A promoção de TSS depende, sobretudo, do reconhecimento do que as pessoas já fazem em suas comunidades por seu próprio entendimento”, pontuou. Essas vivências estão ligadas à história, cultura, modos de vida e cotidiano de cada território; estabelecer o diálogo entre saberes é fundamental. “É essa inteligência cooperativa que impulsiona a construção e o compartilhamento de soluções”, afirmou.

 

Nesse sentido, a Fiocruz Brasília tem um papel estratégico. “Seja como unidade descentralizada da Fiocruz para o desenvolvimento social dos territórios, seja como interlocutora de políticas públicas junto ao Congresso Nacional”, argumentou o coordenador de Integração Estratégica, Wagner Martins.