O enfrentamento da Covid-19 tem sido a pauta dos últimos meses. Entre os desafios, o acesso a informações estratégicas para os profissionais de saúde que atuam na Atenção Primária. Nesta quinta-feira (10/12), durante a Feira Digital de Soluções para a Saúde, a Fiocruz promoveu um debate sobre as possibilidades das parcerias tecnocientíficas em saúde digital e inteligência territorial, por meio da Plataforma de Inteligência Cooperativa com Atenção Primária à Saúde para o Enfrentamento da Covid-19 (Picaps).

O momento contou com a participação de Ricardo Godoi, coordenador geral de Planejamento Estratégico da Fiocruz, e Jorge Fernandes, coordenador de Prospecção e Parcerias do Parque Científico e Tecnológico da Universidade de Brasília (UnB), com mediação de Wagner Martins, coordenador de Integração Estratégica da Fiocruz Brasília, e Claudia Martins, coordenadora de Cooperação da Coordenação-Geral de Planejamento Estratégico (Cogeplan/Fiocruz).

Wagner Martins falou da experiência da plataforma online que tem formado profissionais da saúde na base da Atenção Primária em diferentes comunidades, e como essa ferramenta tem auxiliado no enfretamento da Covid-19 nos territórios, por meio de tecnologias digitais e de suporte. “A Fiocruz tem feito essa experiência inicialmente no Distrito Federal, mas a ideia é expandir para outros territórios”, afirmou. Segundo ele, a Picaps produz subsídios científicos, além de acompanhar a situação de saúde, fazendo com que haja uma interação sociotécnica entre comunidade, sociedade civil, gestão pública da saúde e academia nos territórios, e, principalmente, estabelecendo uma rede de educação permanente e continuada, com base em uma conexão com os trabalhadores da saúde, por meio da teleorientação.

Para Ricardo Godoi, a Picaps tem ajudado a promover a cooperação entre diversos atores, fazendo com que o problema vivenciado por uma equipe, na ponta, possa ser solucionado a partir de ferramentas e experiências disponibilizadas por outras equipes na plataforma. “A gente potencializa esse aprendizado, promovendo encontros e facilidades para novas iniciativas”, afirmou.

Jorge Fernandes comentou como a universidade auxiliou na promoção da Atenção Primária à Saúde. Plataforma tecnológica que nasceu dentro de um parque científico e tecnológico, a Picaps busca uma atuação rápida no território, com um conjunto de ações que visam a mobilizar os conhecimentos para responder à crise da pandemia da Covid-19. Dessa forma, a ciência e a tecnologia contribuem para a saúde, um direito universal. Ao apropriar-se da ferramenta e do conhecimento em saúde digital, os profissionais que estão na linha de frente do combate à pandemia podem intervir nos territórios e, junto com as comunidades, mudar o cenário local.

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