Escola de Governo Fiocruz – Brasília realizará acolhimento dos novos alunos em atividade online

Mariella de Oliveira-Costa 14 de maio de 2020


Mariella de Oliveira-Costa

 

“Território afetivo de troca de saberes, transformação, fortalecimento e consolidação do SUS”.

Esta frase compõe a faixa de boas-vindas afixada na portaria da  Escola de Governo Fiocruz Brasília, para o acolhimento dos novos alunos e início do semestre letivo, agendado para o fim de março. Devido às medidas de distanciamento social, a atividade não foi realizada. A faixa  continua lá,  na portaria fechada, mas permanece atual e será o mote do acolhimento virtual no dia 26 de maio, às 10h, pelo www.youtube.com/fiocruzbrasiliaoficial  .

 

Em formato online, a  programação da atividade inclui momento específico para ouvir as dúvidas dos estudantes, bem como espaço para que possam dialogar com os coordenadores de curso e a direção da instituição.

 

E, a partir daquela frase da faixa de boas-vindas, os estudantes poderão sugerir previamente alguma solução criativa para as seguintes perguntas: Como ressignificar o espaço da educação para fortalecê-lo enquanto um território afetivo de troca de saberes, transformação, fortalecimento e consolidação do SUS? O que podemos fazer?

 

A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio afirma que, nesse momento de grave pandemia, é preciso  reforçar entre nós o sentido de unidade. “O acolhimento será fundamental para nos conhecermos mais, fortalecermos os nossos vínculos durante o período de isolamento e seguirmos juntos na reflexão sobre as condições de enfrentamento da covic-19”, disse.  Nesse sentido, a  diretora da Escola de Governo Fiocruz Brasília, Luciana Sepúlveda, reforça  que a ideia do acolhimento é que os alunos compartilhem soluções colaborativas para a educação superior durante o distanciamento social, além de fomentar o sentido de comunidade. “Buscaremos também garantir a integração entre os estudantes dos diferentes cursos, para que conheçam nossa proposta educacional, as interlocuções entre as áreas de ensino, as pessoas que compõem essa escola, e nosso funcionamento”, disse.

 

O foco deste acolhimento estará também na escuta dos alunos. De acordo com a  coordenadora da Assessoria Pedagógica, Regina Padrão, haverá também um mapeamento da prática docente atual na Escola, para verificar as habilidades de educação online dos professores e desenvolver um curso para auxiliar em atividades online.

 

As aulas e outras atividades presenciais da EGF, que estão suspensas desde a publicação do decreto com as determinações do Governo do Distrito Federal (GDF) e em consonância com o Plano de Contingência da Fiocruz, devem retornar assim que a situação se regularize no DF.

 

Mobilização virtual

 

As bancas de  defesas de Mestrado Profissional em Políticas Públicas em Saúde, bem como as qualificações agendadas foram mantidas, na medida do possível, em formato online, assim como as reuniões entre professores e as atividades de orientação dos mestrandos . O coordenador do Mestrado, Jorge Barreto,  tem trabalhado na perspectiva de como reverter,  em um futuro próximo, essas dificuldades que a pandemia colocou, em oportunidades, com a flexibilidade e a compreensão que o momento requer. “Claro que pode ocorrer adiamento, mas todas as bancas que estavam agendadas foram realizadas online. Outras atividades, como a disciplina de seminários de pesquisa, específica para quem acabou de ser matriculado,  já tiveram início online. Nossa escolha por não paralisar o semestre totalmente, foi discutida e bem acertada”, disse.  

 

O  coordenador da Residência Multiprofissional em  Saúde Mental, André Guerrero, ressalta que o acolhimento é mais um espaço importante para que que os estudantes não se sintam sozinhos neste momento. “Nossa intenção é entender o momento que cada aluno passa, e tentar ajuda-los nas suas angústias, ” afirmou.

 

A Fiocruz  também vem construindo junto à Secretaria de Saúde do DF uma  proposta de trabalho voltada para a saúde das populações que vivem no  campo. Por meio do trabalho dos alunos da Residência Multiprofissional em Saúde da Família, com ênfase na População do Campo,  os alunos estão trabalhando nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em Planaltina e Sobradinho, mapeando o território do entorno dessas unidades para verificar as famílias que são atendidas. “O grande desafio que se tem é a construção de novas relações, e ressignificar esse processo de trabalho em saúde”, afirmou o coordenador desta residência, André Fenner.

 

O coordenador das Residências Multiprofissionais em Atenção Básica e em Gestão de Politicas Públicas para a Saúde, João Paulo Brito, ressaltou que foi estruturado um núcleo de suporte online para os residentes da Fiocruz, estendido aos servidores da Secretaria de Saúde do DF,  para atender todas as demandas de quem está trabalhando na linha de frente da covid-19. “Estamos servindo para a prática profissional e também com o cuidado psicológico desses residentes”, afirmou.  

Já no programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade,  tem destaque o Projeto de Aprendizado Singular de modo que cada residente alcance as competências exigidas pelo programa do seu modo,  em cooperação com os colegas e preceptores, com a supervisão e a coordenação da Residência. “O padrão-ouro da medicina é a residência, e aqui o que queremos é construir o protagonismo do residente na sua própria formação, em cooperação com o programa e com os colegas e preceptores. Estamos  atentos e solidários  no cotidiano da atenção à saúde desafiada pelo enfrentamento da covid-19 em meio às contingências e vicissitudes da prática técnica e socialmente responsável”, afirmou o coordenador da Comissão de Residência Médica, Armando Raggio. 

 

A coordenadora da especialização em saúde coletiva, Tatiana Novais, afirma que os estudantes formam uma grande comunidade de aprendizagem em prol do SUS e pela transformação da realidade. “Nossos alunos terão a oportunidade de conviver e aprender com professores com experiências diversas e que fazem parte da história de construção e consolidação do SUS,” disse.

 

Concorda com ela o coordenador da especialização em Comunicação em Saúde, Wagner Vasconcelos, que tem previsão de início em agosto. “A Fiocruz Brasília demonstra que, apesar desses tempos de pandemia, a atenção e o afeto aos nossos estudantes são uma constante para nós. Por isso, o diálogo entre todos os que compõem a Escola de Governo Fiocruz-Brasília é um dos caminhos que nos orientam na busca por uma educação efetivamente transformadora”, afirmou.

 

Os estudantes podem  clicar aqui para enviar sua solução criativa que será discutida no Acolhimento Virtual .