Atividades para alunos e professores marcam o início do ano letivo na Escola Fiocruz de Governo

Mariella de Oliveira-Costa 26 de março de 2019


Mariella de Oliveira-Costa 

 

 A Aula Inaugural da EFG na próxima sexta-feira (29/3), encerra uma série de atividades realizadas ao longo do mês em preparação para o novo ano letivo. Este ano, a Assessoria Pedagógica da EFG promoveu uma Semana Pedagógica para os professores e um dia de acolhimento para os alunos.


A atividade de acolhimento dos estudantes, realizada em 21 de março, foi espaço para realização de dinâmica de integração entre os discentes dos diferentes cursos da EFG, dos estudantes de graduação que realizam estágios e iniciação científica à especialização em saúde coletiva, residências e mestrado, que puderam conhecer as instalações da Fiocruz Brasília e produzir a foto oficial de cada uma das turmas ingressantes. Os participantes criaram uma flor a partir de vários ícones de localização (pins) com palavras que representam suas expectativas em relação a este período de estudos que se inicia na Fiocruz. De acordo com a pesquisadora do LEMTES, Karina dos Santos, esta atividade teve o objetivo de integração, para que se sentissem pertencentes à EFG, e não a um curso específico apenas. “ Esse sentido de comunidade e cooperação, é importante”, afirmou. A diretora da EFG, Luciana Sepúlveda, acredita que esta flor simboliza a permanente reconstrução de uma comunidade Escola Fiocruz de Governo.


Atenção aos docentes
Durante a Semana Pedagógica, de 12 a 14 de março, os professores tiveram três momentos de encontro. No primeiro deles, puderam conhecer o funcionamento da Secretaria Acadêmica, bem como alguns números da EFG em 2018.; Ao todo, foram ofertados à comunidade três cursos de aperfeiçoamento, cinco cursos de atualização, dois cursos de especialização, 30 eventos e 24 diferentes atividades foram cadastradas na plataforma virtual Latíssimo ( que inclui cursos livres, e eventos cadastrados após a implantação deste novo sistema de registro).


No segundo dia de atividades, os docentes participaram do Ciclo de Debates sobre Educação Permanente na Saúde e na Assistência Social. O médico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Felipe Cavalcanti, fez um histórico sobre a Política Nacional de Educação Permanente, e esclareceu que nem toda capacitação é educação permanente, já que educação permanente tem conexão com o serviço e conexão com a realidade, e busca a resolução de problemas a partir do trabalho humano. Segundo ele, a educação permanente engloba três conjuntos de sentidos: práticas pedagógicas, gestão e educação permanente como parte do cotidiano da vida. Ele desmistificou algumas práticas e afirmou que “nem sempre fazer educação permanente em saúde é bom, nem sempre colocar as pessoas em roda para discutir os problemas e decidir o que será feito é bom e terá um resultado positivo, ” disse.


Wania Maria Carvalho, também da SES-DF, ressaltou o papel da educação permanente, de aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e trabalho. Segundo ela, é importante estimular e ajudar as pessoas a aprender a aprender e despertar nos profissionais um olhar maior para os determinantes da saúde. O desafio, segundo ela, é trabalhar conteúdos que ampliem a visão dos trabalhadores, emitindo uma melhor compreensão do trabalho e de suas contradições nesta particularidade histórica.
Para Olga Jacobina, da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal, a assistência social veio passando por momentos de reorganização e conceituação, a fim de garantir a uniformidade da oferta em todo o país. Ela também apresentou o plano de formação e educação permanente da secretaria. Esta atividade foi organizada pelo grupo de pesquisa que está em formação na EFG, que vai tratar especificamente do tema da educação, comunicação e transdisciplinaridades em saúde.


A Semana Pedagógica contou ainda com uma oficina sobre experiências e debates da prática docente na EFG. Os docentes participantes puderam compartilhar as metodologias que utilizam em sala de aula, bem como as atividades avaliativas e os principais desafios nesta tarefa docente. A perspectiva é que periodicamente hajam agendas de compartilhamento de experiências e educação permanente dos docentes da EFG.


A última atividade do mês na EFG é a Aula Inaugural na próxima sexta-feira, e será a partir das 14h com o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Emerson Mehry, que vai falar sobre Territórios Existenciais e a Publicização do Privado.