Aedes Aegypti na pauta jornalística brasileira e internacional

Fiocruz Brasília 14 de julho de 2017


Comunicadores de diversas instituições e jornalistas de veículos impressos falaram sobre “Aedes em pauta – relatos de experiências e análises”, tema da mesa do segundo dia do I Seminário Internacional e V Seminário Nacional As Relações da Saúde Pública com a Imprensa: Aedes Aegypti, vetor de epidemias anunciadas. Na ocasião, a jornalista da Folha de São Paulo, Cláudia Collucci, falou sobre a cobertura da epidemia de Zika realizada pelo jornal e as dificuldades que os jornalistas tiveram em acessar os dados relacionados à microcefalia. 


Já a diretora do Mundo Sano Espanã, Irene Tato falou sobre o papel da comunicação na prevenção das doenças causadas pelo Aedes. “A comunicação é a arma contra as epidemias”, enfatizou. Em seguida, a assessora de comunicação da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/ MS), Márcia Turcato contou algumas histórias de bastidores vivenciadas por ela durante o surto de Zika, ressaltou que o contexto político pelo qual o Brasil passou na época interferiu nas tomadas de decisão dos gestores que estavam à frente do MS e apresentou o livro do qual também é autora, Vírus Zika no Brasil: A resposta do SUS. “Essa obra foi escrita por pessoas que trabalharam na comunicação do MS e também nos jornais fazendo a cobertura da epidemia”, contou. 


Durante o debate, a superintendente do Canal Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, Marcia Correia e Castro apresentou o canal e contou que de dezembro 2016 a fevereiro de 2017 a sua equipe elaborou 25 produtos sobre o Zika vírus na gravidez e a síndrome de Guillain-Barré.
A repórter da editoria de saúde do Jornal do Commercio, de Pernambuco, Cinthya Leite, narrou sua experiência ao cobrir diariamente as pautas sobre o Zika vírus. “No início, quando eu pesquisava na internet e em base de dados científicas sobre o Zika vírus eu não encontrava quase nada e cheguei até a me questionar se os pesquisadores estavam fazendo um alarde desnecessário, mas à medida em que a gente ia noticiando, tanto no jornal impresso quanto nas redes sociais na internet, novos casos de microcefalia foram se confirmando”, recordou Cinthya. Ela também comentou que a parceria com a assessoria de comunicação e os pesquisadores da Fiocruz Pernambuco foi fundamental na cobertura da epidemia. 


O coordenador de comunicação digital do Unicef, Nelson Leoni, encerrou as atividades do dia reforçando que as estratégias de comunicação voltadas para a prevenção do mosquito não devem ser generalizadas e sim adaptadas à cada região do Brasil. Esta atividade foi moderada pela coordenadora de jornalismo da Fiocruz Brasília, Mariella de Oliveira-Costa. 


Feira Soluções para a Saúde – Zika – O vice-presidente da Fiocruz Brasília, Wagner Martins, aproveitou a ocasião para falar sobre a Feira Soluções para a Saúde, que será realizada de 8 a 10 de agosto, em Salvador e que busca fomentar soluções em saúde, desenvolvidas não só por instituições de pesquisa, mas também por movimentos sociais, famílias, governo e empresas para o combate ao Zika e as Síndromes Congênitas.

A cobertura fotográfica está disponível neste link.

Clique nos links abaixo e saiba mais sobre os três dias de evento: 
O papel da comunicação diante das epidemias  
O panorama das arboviroeses transmitidas pelo Aedes  

Aedes Aegypti na pauta jornalística brasileira e internacional
Desafios e críticas ao jornalismo de saúde