Fiocruz Brasília faz balanço de atividades

Mariella de Oliveira-Costa 11 de dezembro de 2018


Nathállia Gameiro e Valéria Padrão

 

De 5 a 7 de dezembro, tos colaboradores participaram de diferentes atividades com foco na colaboração, integração e unidade das equipes

 

Colaboração, integração e unidade. Essas foram as palavras destacadas durante diferentes atividades realizadas entre os dias 5 e 7 de dezembro na Fiocruz Brasília. A diretora Fabiana Damásio fez o balanço das ações desenvolvidas em 2018 e o percurso caminhado, de cursos e editais a atividades no território e participação em eventos, na sexta-feira, 7.

 

Fabiana destacou quatro pontos presentes nas vivências da Fiocruz Brasília: territórios saudáveis e sustentáveis, educação em ação, trabalho em rede e ciência e políticas públicas. “É o registro da história da instituição escrita por todos nós, cada dia do ano, a partir das atividades que fazemos. Conseguimos construir muitas pontes entre nós e a expectativa é que cada vez mais o sentido de unidade seja despertado”, afirmou.Ela elencou a atuação ainda maior nos territórios do Distrito Federal, como a contribuição para a Sala de Situação do DF, atividades com as comunidades da Ceilândia e da Estrutural, diálogos prospectivos e oficinas sobre a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para fomentar discussões que norteiam o trabalho da instituição. As ações realizadas em outros territórios também foram destacadas, como os projetos de intervenção em Tocantins, Pernambuco e Ceará, resultantes da Especialização em Promoção e Vigilância em Saúde, Ambiente e Trabalho.

 

A Fiocruz Brasília também apostou em uma agenda jovem, desenvolvida com estudantes dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas do DF durante o Fórum Ciência e Sociedade e o Genomic Day. Essas atividades reforçam o protagonismo juvenil e o papel de contribuir para a saúde e educação dos jovens.

 

O fortalecimento da agenda política e parlamentar, com contribuição nas discussões de Projetos de Lei relacionados à saúde também foram destacados, assim como atividades de cooperação internacional, como a visita dos estudantes de diplomacia de diferentes países de língua portuguesa à unidade para conhecer mais sobre saúde, junto com a vinda de representantes da Organização Panamericana da Saúde, e construção da agenda de atuação de trabalhadores da Fiocruz Brasília em Moçambique, no campo da segurança nutricional e alimentar.

 

No ano de 2018, o Comitê Pró-Equidade foi reativado na unidade, com a realização de conversa sobre parto, consciência negra e coletivo de mulheres. Outras conquistas elencadas foram o aumento do número de vagas nos cursos da Escola Fiocruz de Governo, a Formação do Grupo de Vigilância em Saúde, a aprovação de nove projetos no Programa Inova Fiocruz e o reconhecimento da Fiocruz Brasília como espaço que conta a história e os feitos da saúde. Exemplos disso são as exposições sobre Oswaldo Cruz e também a Morar em liberdade – 15 anos do Programa de Volta para Casa, reconhecida pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. “A Fiocruz é uma casa de todos nós. Precisamos cada vez mais acolher a população para discutir saúde e questões sociais”, afirmou Damásio.

 

Encontro da Universidade Aberta do SUS; Pint of Science; Semana de Ciência e Tecnologia, que teve como tema A ciência para redução das desigualdades, uma das bandeiras trabalhadas pela Fiocruz; cursos em parceiras com outras instituições; ciclos de aprendizagem para os colaboradores da unidade com temas estratégicos como Ciência aberta, ODS, Agenda 2030, Escola de Governo e Territórios Saudáveis e Sustentáveis fizeram parte da construção de uma agenda permanente de reflexão-ação nas políticas públicas. Além disso, foi notável a apresentação de 31 diferentes trabalhos no Congresso da Associação Brasileira de Saúde Coletiva; a participação da instituição na 6ª Conferencia Distrital das Cidades e no 54ª Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.

 

Considerando a missão da Fiocruz, a diretora ressaltou ainda Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas e que completou 70 anos no dia 10 deste mês. “Tudo o que a gente faz aqui perpassa essa Declaração. Discutimos as políticas sociais e as políticas de saúde que sustentam o direito das pessoas. É pelo direito das pessoas”, disse. Durante o encontro, os oito colaboradores da Fiocruz Brasília formados no Mestrado Profissional em Políticas Públicas de Saúde receberam o seu diploma de conclusão de curso. Para o pesquisador Felipe Medeiros, o mestrado foi uma ótima oportunidade para os trabalhadores que constroem o dia a dia da instituição. “O trabalho de todos foi importante para que isso acontecesse e para que continuemos garantindo o direito à saúde e sendo uma fortaleza na defesa do Sistema Único de Saúde”, disse.

 

Um vídeo foi elaborado pela Assessoria de Comunicação com mensagens de Natal elaboradas por cada setor da instituição e exibido durante o evento. Assista abaixo.

 

 

Os trabalhadores participaram também de atividades relacionadas à saúde, com jogos com temas como fake news, alimentação e promoção da saúde. Para finalizar o dia, o coral formado por colaboradores de diversas áreas da unidade da capital federal realizou três apresentações que emocionaram a todos.

 

Programas e Projetos

 

No dia 6 de dezembro, pesquisadores da Fiocruz Brasília apresentaram as atividades realizadas no ano de 2018 durante reunião da Coordenação de Programas e Projetos. Ao todo, foram desenvolvidos mais de 32 projetos, 14 cursos, vários artigos e capítulos de livros publicados, além de participação em congressos nacionais e internacionais e ações de assessorias para políticas públicas.

 

A coordenadora de programas e projetos da unidade, Flávia Elias, destacou a construção de um projeto coletivo e institucional. “Trabalhar com a pluralidade é um desafio, e quando a gente se une, conseguimos muitos resultados, como a Especialização em Saúde Coletiva”, lembrou. A pluralidade pode ser observada nos públicos trabalhados pelos setores: gestores, população quilombola, profissionais de saúde e de educação, pescadores, marisqueiras, professores e estudantes de escolas públicas do Rio de Janeiro e do Distrito Federal, usuários de unidades de saúde, indígenas, comunidade carcerária, cuidadores de crianças portadoras de síndrome congênita do zika e parteiras. Para a coordenadora, a promoção da saúde atravessa todas os projetos, mas ainda há uma demanda reprimida no DF e muito ainda é preciso ser feito pela saúde na capital federal.

 

Ciclo Pedagógico

 

Já em 5 de dezembro, foi realizado o Ciclo Pedagógico, que apresentou a evolução do conceito de Escola de Governo, conduzido por Paulo Carvalho.

 

Fabiana Damásio, diretora da Fiocruz Brasília, disse da importância de fortalecer cada vez mais a Escola, de todos conhecerem o percurso para a construção da EFG e de reconhecer sua importância para o DF e para além deste território. Sua expectativa é que no próximo ano “sigamos com o mesmo espírito de construção, de consolidação e que a Escola seja reconhecida como espaço de reflexão sobre realidade e adversidades de políticas em torno do SUS”.

 

Luciana Sepúlveda, diretora da EFG, destacou que o ciclo pedagógico integra um processo iniciado em agosto com o Encontro dos Trabalhadores da Fiocruz Brasília. Trata-se de “um momento de escuta, de fazer entender conceitos que orientam a casa, tais como ODS, Ciência aberta, mediação tecnológica para educação, territórios saudáveis e outros”. Os subsídios coletados orientarão o planejamento estratégico.

 

Neste ciclo pedagógico, os trabalhos observaram três momentos: um primeiro denominado “cochicho” no qual os participantes falaram o que entendiam por Escola de Governo; num segundo foram apresentados conceitos e origens de Escolas de Governo e, por fim, foi discutida a evolução do conceito de Escola de Governo na Fiocruz.

 

Clique aqui e conheça a galeria de fotos do evento no dia 7.