Fiocruz Brasília forma novos agentes populares de saúde do campo

Fiocruz Brasília 20 de dezembro de 2023


Com informações da página do MST e edição da Ascom da Fiocruz Brasília

 

Foi realizado, no início de dezembro, o encerramento da Formação-Ação de Agentes Populares de Saúde do Campo com ênfase em Agroecologia do Distrito Federal e Entorno, coordenada pelo Programa de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho (PSAT) da Fiocruz Brasília, em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e os Movimentos Sociais do Campo, Floresta e das Águas. A iniciativa desenvolve diversos processos de formação produtiva em áreas de acampamento e assentamento.

 

A formação é resultado de acúmulos do processo das formações de agentes populares de saúde durante a pandemia do novo coronavírus e da campanha nacional contra os vírus e as violências. A formação, com ênfase em agroecologia, tem como objetivo o desenvolvimento produtivo da base da construção de saúde de forma sustentável e autônoma para as famílias, cuja chefia, em sua maioria, por mulheres negras, chefes de família. No Distrito Federal a formação foi direcionada para comunidade das regiões administravas de Brazlândia, Planaltina e Sobradinho.  

 

A Fiocruz tem coordenado iniciativas como essa em vários lugares do país. Segundo André Fenner, pesquisador da Fiocruz Brasília e um dos coordenadores da formação, essa iniciativa reafirma o compromisso da promoção da saúde da trabalhadora e trabalhador do campo, floresta e das águas. “As ações têm inspirado outras formações de Atenção Primária à Saúde (APS) que acontecem em diversos estados em parceria com a Fiocruz”, lembrou.

 

Para Edleuza Tavares, do setor de produção, cooperação e meio ambiente do MST do DF e Entorno, as ferramentas desenvolvidas na formação evidenciam as dimensões da construção da saúde nas áreas de atuação do MST que passam pela produção de alimentos saudáveis por todo o povo. “O MST tem a Agroecologia como fundamental na estratégia produtiva e política, e reúne elementos que potencializam sua proposta de Reforma Agrária Popular na disputa por outro modelo de Produção da Agricultura convencional”, afirma a dirigente.

 

Maria Moreira, do acampamento Ana Primavesi de Brazlândia e aluna do curso afirmou que, iniciativa como essa fortalece o coletivo e ajuda na ocupação de espaços que tantas vezes são negados para a população do campo. “É preciso cada vez mais ocuparmos esses lugares, para cultivarmos uma vida saudável, esse é um direto nosso”, finalizou.

 

No final da atividade de encerramento do curso foi realizado o plantio de um Baobá para simbolizar o compromisso do trabalho a ser feito nas próximas formações em novas áreas com o povo das periferias e de áreas rurais e periurbanas.

 

Participaram também do ato de encerramento a parlamentar Erika Kokay, autora da emenda parlamentar que originou o projeto e Etelvino Rocha Araújo, coordenador do Curso de Tecnologia em Agroecologia do Instituto Federal de Brasília (IFB) de Planaltina.

 

Mini documentário

A experiência da Formação-Ação dos Agentes Populares de Saúde do Campo com ênfase em Agroecologia do Distrito Federal ganhou uma versão de um mini documentário, que traz a experiência e relatos da formação desenvolvida no Distrito Federal no período de 2021 e 2023.

 

Assista ao documentário em nosso canal no YouTube ou clicando no vídeo abaixo.

 

 

Fotos: reprodução MST no DF e Entorno

 

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