Alinhando a teoria com a prática

Fernando Pinto 19 de novembro de 2021


A Fiocruz Brasília, por meio da Especialização em Educação Popular em Saúde na Promoção de Territórios Saudáveis e Sustentáveis, motivou os estudantes a promoverem o Curso de Formação de Agentes Populares de Saúde a partir de seus locais de trabalho ou territórios. Neste contexto, a estudante da Especialização Idalice Resende, psicóloga do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), juntamente com residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica da Fiocruz Brasília, desenvolveu o Curso de Formação com uma turma de pacientes do HRAN.

 

O Curso foi realizado em três encontros remotos e um presencial, que marcou a finalização e a avaliação do processo formativo, com foco em estratégias de educação em saúde no contexto da pandemia. O encerramento ocorreu na última quinta-feira (11/11), com uma roda de conversa em que a turma trocou experiências e debateu ações para o enfrentamento da Covid-19 e suas consequências, e para o fortalecimento da vigilância popular no território.

 

Para Idalice, o objetivo maior da ação foi apresentar o Sistema Único de Saúde (SUS), criando assim uma grande teia de apropriação do Sistema e dos direitos dos seus usuários. “É preciso ouvir os usuários do SUS e as questões que afligem os territórios. Por isso são importantes ações como essa da formação de agentes populares em saúde”, ressaltou. Já o enfermeiro residente Rodrigo Duarte destacou a importância de quebrar as barreiras entre a Unidade Básica de Saúde (UBS) e a comunidade. “Com o curso consolidamos uma rede de informação e integramos a comunidade local com as ações do SUS”, pontuou.  

 

Aluna da turma de agentes populares, Maria Teresinha Fonseca, de 54 anos, descreveu a formação como uma oportunidade única de conhecer mais sobre o SUS e os benefícios que ele oferece para a comunidade, além de uma atualização sobre o vírus da Covid-19, suas formas de transmissão e prevenção. “Agora vou ajudar a minha comunidade com informações sobre a Covid-19 e medidas de prevenção, e popularizar os serviços oferecidos em nossa UBS”, finalizou.

 

Para a tecnologista da Fiocruz Brasília Etel Matielo, integrante da Comissão Político-Pedagógica (CPP) do Curso, o formato remoto com a participação de usuários do SUS do Distrito Federal trouxe a possibilidade de revisitar estratégias pedagógicas, assim como novas formas de realizar atividades de educação em saúde. “Os educadores responsáveis pela condução da turma superaram diferentes barreiras tecnológicas com amorosidade, criatividade e ousadia. Ao final, aprenderam ao mesmo tempo em que ensinaram”, disse Etel, que, na Fiocruz Brasília, também integra o Programa de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho (PSAT) e a Plataforma de Inteligência Cooperativa com Atenção Primária à Saúde (PICAPS). “Esta experiência nos aponta algumas reflexões: a importância da continuidade do debate sobre a vigilância popular no enfrentamento à Covid-19, inclusive em formato remoto; a necessidade de recriação das estratégias de educação em saúde no contexto da pandemia; e a ​potência da construção intersetorial e integrada para o desenvolvimento de ações educativas”, completou. 

 

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