Saiba como foi a 2ª etapa do ciclo de gestão estratégica e participativa

Mariella de Oliveira-Costa 4 de julho de 2022


Mercado de informações.

Missão.

Aquário.

Análise situacional.

Estes termos fizeram parte da mais recente etapa do Ciclo de Gestão Estratégica e Participativa da Fiocruz Brasília, realizada nos dias 29 e 30 de junho, com participação de mais de 90 trabalhadores da instituição. Na abertura do primeiro dia de oficina, a diretora Fabiana Damásio lembrou que valores da Fiocruz Brasília como a defesa do SUS, o diálogo com a sociedade, o desenvolvimento com equidade e justiça social e a internacionalização estão alinhados com as deliberações do IX Congresso Interno da Fiocruz. Ela resgatou o histórico de planejamento da unidade, destacando a definição de competências, em 2016, seguida da definição de valores e visão de futuro, em 2019 (em especial, as ações voltadas à ciência cidadã e à educação como processo emancipatório). Segundo a diretora, o planejamento representa “um olhar para o futuro”.

 

Aquário

Para construir coletivamente a Declaração de Missão da Fiocruz Brasília, os trabalhadores foram organizados em círculos concêntricos, no jardim da instituição, para uma dinâmica conhecida como Aquário (do inglês, Fishbowl Conversation), que promove integração e permite que se discutam temas com pluralidade de visões. Em oito grupos de até dez pessoas, os trabalhadores sugeriram ideias principais que deveriam compor a Declaração de Missão da unidade. Para isso, foram consideradas não preferências pessoais ou especificidades de cada setor, mas sim a missão da Fiocruz, as teses do IX Congresso Interno (as teses 5 e 7, principalmente), a singularidade da instituição no Distrito Federal e o uso de conceitos amplamente conhecidos. Cada participante recebeu um documento para auxiliar na dinâmica, contendo a missão da Fiocruz, a proposta de missão da Fiocruz Brasília (elaborada em 2015), as competências da instituição (elaboradas em 2016), a visão de futuro e os valores (elencados em 2019), bem como as teses do IX Congresso Interno e o resumo da primeira etapa do Ciclo de Gestão Estratégica e Participativa da instituição, contendo frases sobre a razão de ser da Fiocruz Brasília.

 

Ao final dessa primeira rodada de contribuições nos oito grupos e da identificação das ideias principais para a Declaração de Missão, os trabalhadores foram reorganizados em dois grupos, que elaboraram propostas de redação, apresentadas na sequência a todos os participantes. Depois, houve debate para verificar convergências e possibilidades de integração entre as redações propostas.

 

Missão

“Promover educação, ciência, tecnologia e inovação em saúde, de forma territorializada e articulada com a sociedade para a consolidação do SUS e a redução das desigualdades sociais.” Esta foi a redação formulada durante o debate, que deverá ser validada pelo Colegiado Gestor da unidade.

 

Mercado de informações

A segunda parte da oficina contou com uma dinâmica diferente, que simula as trocas em um mercado. Os trabalhadores foram organizados em quatro grupos, cada um focado em analisar os elementos do ambiente interno (forças e fraquezas) e o entorno (oportunidades e ameaças) para a Fiocruz Brasília. Todos os participantes colaboraram para os quatro temas, conforme a evolução da conversa, registrada em painéis temáticos. Quem começou a contribuir no grupo de forças, depois passou para o grupo de fraquezas, seguindo para oportunidades e finalizando a atividade em ameaças, e assim sucessivamente, o que possibilitou a interação de todos em espaços de diálogo com foco específico em cada elemento da chamada matriz SWOT. Em todas as rodadas, um representante permaneceu fixo no painel temático de cada tema, para apresentar o que foi produzido pelo grupo anterior e convidar os que chegavam para o diálogo e acréscimo de novos aspectos. Esses representantes apresentaram para todos os presentes o mapeamento de cada tema e também os dissensos dos grupos, materializando uma Análise Situacional da Fiocruz Brasília, a partir do olhar de seus trabalhadores.

 

A diretora da Fiocruz Brasília finalizou a atividade destacando os pontos de convergência entre os grupos e o respeito à diversidade de olhares. Segundo ela, esses elementos da matriz SWOT vão auxiliar na preparação dos próximos passos do Ciclo de Gestão Estratégica e Participativa, com a discussão dos objetivos. “É  necessário pensar no planejamento como um caleidoscópio, com várias esferas que, juntas, constroem algo interessante. Muitas vezes, o que não está contemplado em um trecho estará em outro momento do documento final. É importante valorizar não só a análise, a síntese, a frase de Declaração de Missão, mas todo o processo de construção coletiva, discutindo o que fazemos e como queremos fazer para a melhoria do SUS”, ressaltou Fabiana Damásio.

 

No intervalo da oficina, o comunicador popular Davi Mello recitou os versos do cordel  “Fiocruz Brasília na busca do planejar para um melhor futuro alcançar”, produzido especialmente para o Ciclo. Exemplares impressos do cordel estão disponíveis nas portarias da instituição. Uma versão digitalizada pode ser acessada neste link.

 

As atividades de facilitação e consultoria para o Ciclo de Gestão Estratégica e Participativa fazem parte do contrato da Fiocruz Brasília com a empresa Matres Socioambiental.

 

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